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Crítica: O Bebê ★★★☆☆ (2022)

(Reprodução)

O Bebê traz uma mensagem forte sobre maternindade, desenvolvendo uma trama sombria, com leves toques de humor. A nova série de terror da HBO tem um começo bem intrigante, que me deixou envolvido, mas perdeu um pouco a mão do meio para o final.

A mensagem por trás da série é muito clara a todo instante, conseguindo transpor muito bem o seu objetivo, porém, a maneira como são conduzidos os elementos se torna um pouco cansativo, o que poderia ter sido evitado caso tivesse menos episódios, ou fosse um filme.

A história da série é simples, uma mulher chamada Natasha que projeta vários planos para o seu futuro tem sua vida completamente transformada após um bebê cair, literalmente, em seus braços. E essa nem é a parte bizarra ainda. Após decidir cuidar do bebê, coisas estranhas começam a acontecer. Após associar o bebê com os acontecimentos bizarros, Natasha resolve investigar e descobrir esse mistério. Embora o contexto seja simples, há uma profundidade tremenda na forma como a trama se coloca na tela, usando de mensagens subjetivas para construir uma reflexão acerca da maternindade.

O bebê acaba se tornando uma metáfora sombria e inimaginável do que é ser mãe, colocando Natahsa para enfrentar situações chaves que servem para construir a mensagem final da série. Essa mensagem é bem desenvolvida, porém, ao optar por estender demais a trama, acaba ocorrendo alguns deslizes, o que torna a experiência um pouco cansativa.

Os atores souberam muto bem transitar entre os conceitos que a série se propos a trabalhar, entregando um bom resultado nas performances, principalmente a protagonista. Natasha é vivida por Michelle Swarte, que construiu uma interpretação muito crível de sua personagem, apresentando emoções convincentes e cativantes, que nos faz preocupar com o que irá acontecer com ela. Seu drama envolve diversos traumas do passado e a chegada do bebê em sua vida faz com ela tenha de lidar com esses traumas para superá-los, a fim de encontrar um camimho para viver esse novo momento.

Há cenas muito impactantes na série, com um clima bem sombrio e sinistro. O terror foi muito bem aproveitado, e mesmo com o aspecto fofo do bebê, ficamos cautelosos com os horrores que ele pode causar nos personagens em cena. Os diálogos também possuem características bem subjetivas e reflexivas. Há momentos que os personagens não reagem da forma como deveriam a certas situações, deixando um pouco confusa a natureza do que se quer passar com a cena.

O Bebê é uma boa série, com uma trama interessante, que traz um mensagem que vale a reflexão. O desenvolvimetno da trama sofre em alguns momentos, mas isso não faz perder muito a qualidade do resultado final. As atuações são boas e conseguem nos convencer a nos importar com os personagens. Há ótimas cenas, bem impactantes até, que fazem valer o terror da série. A série é uma ótima pedida para maratonar agora que já finalizou.

O Bebê está disponível na HBO Max.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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