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Crítica: Top Gun: Maverick ★★★★★ (2022)

Quebrando a maldição de continuações ruins, e alguns recordes, Top Gun: Maverick é um dos melhores filmes de continuação tardia que o cinema já produziu.

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Desde o primeiro Top Gun, mais de 30 anos se passaram, atores envelhecaeram e conceitos de masculidade também, isso tudo reflete no roteiro e na trama, o que faz de Top Gun: Maverick um filme fantástico, com erros e acertos aceitavéis. Há consciência, dentro do filme, dessa passagem de tempo, algumas respostas (que o espectador fará automaticamente) são respondidas naturalmente dentro do filme, como: por que Mavercik ainda é capitão? 

Outro ponto que mostra a consciência do roteiro é o filho do Goose, Rooster (Miles Teller), que está 4 anos atrasados nas Forças Armadas, o que justifica a idade do Maverick e de Rooster dentro da narrativa dos filmes. Outros personagens, como Almirante Rear (Ed Harris) e Iceman (Val Kilmer), que retornam ganham tratamentos especiais e dignos. Em especial Val Kilmer, que é extremamente homenageado dentro do filme, com um papel respeitoso com as condições de saúde do ator e com o papel no filme de 86.

Top Gun: Maverick': See Miles Teller's extended 'Great Balls of Fire'
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Fora a nostalgia, o filme traz novos personagens que agregam diversidade ao filme, agora a equipe Top Gun conta com mexicanos e mulheres, algo que passou batido no primeiro filme (vale ressaltar que estamos vivendo outros tempos). Sem contar a diversidade étnica e de gênero, o filme conta com uma diversidade de personalidades, um dos pilotos da batalha final tem um perfil não tão explosivo quanto outros personagens, ainda mais se considerarmos Iceman e Maverick, de 86.

A história segue a mesma de 86, a escola de super-pilotos Top Gun é o grande destaque e há um inimigo que deve ser detino no final do filme. E tudo bem a história ser um clichê de propaganda militar americana, já que o filme original é isso também, mas agora, com as novas tecnologias do cinema, o filme consegue prender o espectador nas cenas de aviação e repassar a sensação de voo – vale lembrar que os atores voaram e experimentaram a força G de dentro das aeronaves.

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A trilha sonora tem um papel fundamental na narrativa do filme, no começo tocam clássicos, para levar o espectador aos anos 80, como Danger Zone. A medida que o filme vai apresentando os novos personagens, a música vai se atualizando, mostrando que não é um filme de nostalgia, mas um filme de progressão. Outro ponto que remete a isso é a cena dos pilotos jogando uma adaptação de futebol americano na praia, que reproduz a cena de volei do primeiro filme, mas aqui é nítido a nostalgia buscada com a cena e, ao mesmo tempo, a preocupação em não ser só uma cena nostalgica.

Sem dúvidas, o grande destaque é a batalha final. Maverick lidera os pilotos ao ataque ao inimigo desconhecido. A composição das cenas contam com diversas técnicas e tecnologias, mas o amalgama disso tudo é uma seleção de cenas bem construídas e lindas, principalmente as batalhas no ar.

 Fora Tom Cruise e Jennifer Connelly, que já são consagrados, Glen Powell e Miles Teller conseguem se destacar pela química de inimizade, algo parecido com Iceman e Maverick; Monica Barbaro, Lewis Pullman, Jay Ellis e Danny Ramirez mostraram que um personagem secundário pode ser um personagem marcante, em especial Monica barbaro. 

Top Gun: Maverick é um dos melhores filmes de 2022 e um dos top 5 no quesito: continuação tardia. As cenas de ação, o drama que envolve Iceman e a consciência com a passagem de tempo fazem do filme uma ótima atração par ao final de semana.

Sobre Dan Claudino

Professor de História, aspirante a podcaster e escritor. Viciado em cultura cyberpunk e jogos de ação.

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