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Crítica: Paper Girls – 1ª Temporada ★★★☆☆ (2022)

(Reprodução)

Usando como background a viagem no tempo para desenvolver discussões sobre amadurecimento, a nova série do Prime Video, Paper Girls, se esforça para tornar a trama envolvente, mas sofre com alguns episódios arrastados. Apesar disso, o resultado me surpreendeu de forma bem positiva.

Paper Girls é uma adaptação baseada no trabalho de Brian K. Vanghan, que traz de tudo um pouco: ação, aventura, ficção científica, romance e até mesmo reflexões existenciais. É impossível não ver a série como uma espécie de Stranger Things, pois há vários elementos que lembram muito, desde o protagonismo jovem ao ambiente em que se passa a trama.

Na trama, acompanhamos um grupo de jovens que se conhecem quando estavam entregando jornais. Justo nesse dia, algo estranho acontece e acaba envolvendo as jovens em uma jornada nada convencional. Após encontrarem dois homens suspeitos e persegui-los, o grupo acaba viajando no tempo, para um futuro onde uma guerra temporal está acontecendo. O fenômeno da viagem no tempo acontece mais de uma vez ao longo da trama, e as gartoas acabam visitando diversos momentos, se chocando com suas versões no futuro.

A trama da primeira temproada tem bons momentos, o modo como a narrativa se desenrola é agradável, mas em alguns trechos há certos entraves, que tornam os episódios um pouco cansativos. A constante necessidade de colocar as gartoas para confrontar suas versões no futuro causa um certo estranhamento de início, mas vai ficando mais aceitável ao longo dos episódios. 

O elenco jovem da série é muito bom, com boas personagens, bem cativantes e interessantes. As versões jovens das protagonistas conseguem passar um clima bem ao estilo Stranger Things, com bons diálogos e dinâmicas entre as personagens. Já as versões adultas não tem o mesmo carisma das jovens. O elenco de adultos é um pouco desconexo e parece não conseguir se entrosar bem com as jovens. Mas de forma geral, os personagens tem o necessário para fazer funcionar os elementos da narrativa e atingir o objetivo.

O que me surpreendeu na série foram os efeitos especiais, ainda mais por um detalhe totalmente inesperado: lutas de robôs gigantes. Embora não haja tantos efeitos especiais assim na série, a cena do robô gigante me surpreendeu demais, o que despertou imediatamente meu interesse. Há alguns tiroteios e confrontos, mas não são o ponto alto da produção. A direção soube aproveitar bem os cortes e conduzir os diálogos e cenas de forma bem suave e agradável, sem momentos forçados.

Mesmo ficando com um pouco de receio no início, acabei gostando da experiência que tive com a nova série do Prime Video. A trama consegue ser envolvente o suficiente, além de passar boas mensagens dentro de sua narrativa. As atuações das jovens protagonistas é o ponto alto da série, a dinãmica entre elas funciona muito bem. E como não gostar de algo que envolve robôs gigantes? Eu não sei como. Se você curte Stranger Things e está querendo ver algo bem próximo do que viu lá, Paper Girls é uma escolha certeira.

A primeira temproada de Paper Girls está disponível na Prime Video.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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