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Crítica: O Predador: A Caçada ★★★★★ (2022)

(Reprodução)

Após alguns filmes ruins, é difícil não ficar preocupado com o lançamento do novo filme do Predador na Star+, porém o filme não só supera as expectativas, ele vai além, supera o clássico, abrindo um novo horizonte de possibilidades para essa franquia espetacular.

O Predador: A Caçada resgata os elementos consagrados da franquia e os incorpora em um clima minimalista, onde o foco é total na caçada, em sua forma mais intensa. As sequências de ação e violência do filme são impressionantes, e criam a atmosfera necessária para constatar que este é, de fato, um filme do Predador.

No longa, acompanhamos a jornada de Naru para se tornar uma guerreira Comanche. A jovem segue os conselhos de seu irmão, que a ajuda com o ritual de passagem. Para completar o ritual, a jovem deve escolher a presa e retornar com o “troféu” da caça. Mas o que ela não poderia imaginar é que a presa que havia escolhido para o ritual era o Predador.

Pelo que podemos ver na história, essa parece a primeira vez que o Predador vem para a terra. A criatura parte em sua caça da presa mais forte, desafiando os seres que encontra em seu caminho. O ritmo da história é muito envolvente, os elementos da narrativa são conduzidos muito bem. A comparação com o clássico acaba sendo inevitável, que sofre com os problemas de sua época. Quando digo que supera o clássico, é justamente nesse ponto, atualizando os elementos e os inserindo em um contexto totalmente atual e inovador, é nisso que o filme brilha.

A atuação de Amber Midthunder como Naru, é impecável. A atriz entrega tudo na personagem, me impressionando muito com sua performance. Desde o início vemos Naru em ação, tanto com seus conhecimentos de medicina, como também suas habilidades incríveis de combate. A força da personagem é destacada desde o início, provando que se tratava de uma rival digna da temida criatura, até mais do que Arnold Schwarzenegger no clássico, que estava bem, mas reflete mais do seu tempo do que qualquer outra coisa.

Os efeitos estão incríveis, cada sequência foi muito bem desenvolvida, mostrando paisagens imersivas, que contribuem para tornar o ambiente muito propício para toda a chacina que vai rolar. As florestas são sinistras e vazias, o que ressalta ainda mais toda a tensão desse embate espetacular. Claro que tudo que acontece no filme serve como impulso para o embate entre Naru e o Predador. A criatura estripa todos os seres que passam em seu caminho de forma brutal e sanguinária. Os efeitos dessas mortes são um show a parte, e me agradou muito. O Predador em si também está sensacional, sua performance nas batalhas, suas armas, seu modo de agir, tudo foi recriado de forma minuciosa para agradar os fãs.

Confesso que o filme me impressionou muito, superando minhas expectativas e me animando novamente com essa franquia tão querida. Compará-lo com o clássico não é uma maneira de desmerecer o original, mas sim de perceber como é importante revisitar esses temas e resgatá-los de forma mais atualizada para o contexto. O filme não só torna a história de um filme do Predador interessante, como também a conduz de forma excelente. A atuação sem dúvida é destaque total para Amber Midthunder, que impressiona com sua performance marcante. Os efeitos especiais é uma carta de amor aos fãs, desde as mortes violentas até o design diferente do Predador, recriando cada elemento que  consagrou essa franquia e os atualizando dentro de uma nova roupagem. Esse filme é sem dúvida um dos mais impressionantes do ano, e se você é fã da franquia, deve dar uma chance.

O Predador: A Caçada está disponível na Star+.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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