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Crítica: Halloween: Ends ★★★★☆ (2022)

O presente texto não tem spoilers do filme

 

Estreou no último dia 13 de outubro o último filme da aclamada série de slasher: Halloween. O filme, com título de Halloween Ends, tem a proposta elucidada em seu próprio nome: trazer um fim para a história entre Laurie e Michael Myers (que não é aquele que imita o 007).

 

(Reprodução)

Após os eventos de Halloween Kills, Laurie e sua neta Allyson tentam reconstruir suas vidas depois da matança ocorrida. O filme muda um pouco o paradigma da série, isso em vários aspectos. O primeiro é que  Laurie, apresentada nessa última trilogia como uma pessoa determinada a enfrentar Michael, acaba por mudar a sua própria personalidade, isso em prol de viver uma vida mais normal. Já Allyson, por outro lado, enfrenta os seus demônios após vivenciar inúmeras perdas em sua vida pessoal. Esse é um ponto importante pois mostra duas formas diferentes de lidar com o luto, decorrente da morte de uma importante personagem no filme antecessor.

Outro aspecto novo é a inserção de Cory, que é um rapaz cuja história é contada logo no início do filme. Sua jornada é tão interessante quanto é triste. As cenas do rapaz mostram bem como uma pessoa pode sofrer pelos erros cometidos no passado e isso é importante para a própria dinâmica do filme, pois ele é alguém de extrema importância para o desenrolar da trama.

 

                                                      (Reprodução)

Algo que me incomodou um pouco foi o excesso de diálogos, mas não pelo motivo deles serem extremamente vazios ou algo parecido, mas sim por isso quebrar a expectativa do próprio espectador. O antecessor de Halloween Ends foi muito bem recebido pelo fato de trazer um alto grau de violência. Isso pode ser entendido como algo ruim, de fato, porém é essa característica que marca os filmes desse gênero. Nesse sentido, os diálogos são importantes para entendermos o desenrolar dos eventos e como o filme irá terminar. Assim, as conversas não são maçantes, porém contrastam com a própria natureza da franquia.

Quanto ao aspecto das mortes, faço a estimativa que a ação começa após mais ou menos uma hora de filme, que é momento que inicia a caminhada para o clímax. Novamente, as cenas são bem desenvolvidas, com um bom uso de efeitos especiais e maquiagem, lembrando até mesmo alguns fatalitys de Mortal Kombat. Aqui, Halloween Ends segue o padrão de seu antecessor, porém com um saldo bem menor de corpos.

Já no que se refere ao final do filme, posso dizer tranquilamente que há um final decente tanto para o filme quanto para a franquia. Há um grande simbolismo nos últimos minutos, situação que gera uma sensação positiva para o público, já que não foram feitas enrolações desnecessárias ou até mesmo forçadas.
Na minha opinião, o filme poderia ter acabado em Halloween Kills, isso porque realmente acho que as cenas finais são muito boas. Porém, isso não tira o charme e não tira o brilho de Halloween Ends, que conseguiu abordar de forma singular alguns assuntos que não são muito tratados em filmes slasher, em especial como pequenas comunidades lidam com crimes violentos.

Dito isso, o filme Halloween Ends vale o seu ingresso para o cinema. Assim, se você for fã, fica a minha indicação para assistir, pois creio que não se decepcionará com o filme. Também é uma ótima oportunidade de ver algo diferente de filmes de herói, ainda mais considerando que teremos a sequência de Pantera Negra e o filme do Adão Negro ainda nesse fim de ano.

E, para não esquecermos: lembre-se que os filmes slasher não são conhecidos por serem extremamente complexos ou mesmo por terem personagens com personalidades únicas no mundo pop. Assim, temos que apreciar o filme com o paradigma que ele nos apresenta ao longo de sua própria história.

 

Sobre Felipe Costa

Aspirante a Power Ranger Vermelho, jogador de Fate Grand Order e Advogado, quando a responsabilidade bate. Também participo do podcast Apenas um Papo

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