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Crítica: O Gabinete de Curiosidades de Guillermo Del Toro – 1ª Temporada ★★★☆☆ (2022)

(Reprodução)

Com a intenção de desafiar a nossa percepção do terror atual, Guillermo Del Toro entrega uma antologia diferente dos padrões tradicionais gênero, com ótimas narrativas, bem sofisticadas e até mesmo aterrorizantes em alguns casos. Ao longo da primeira temporada da série, vamos explorar o macabro, o mágico e o sinistro, de uma forma que somente a mente de Del Toro poderia conceber.

Além de trabalhar com diretores reconhecidos do gênero, a série também traz um elenco forte, que consegue manter os padrões de qualidade de uma produção deste porte. A Netflix fez um ótimo trabalho com a série, entregando a Del Toro todos os elementos necessários para que sua criação ficasse no nível do ganhador do Oscar.

A primeira temporada da antologia conta com 8 episódios que exploram uma narrativa diferente de horror e mistérios, que me deixaram muito intrigado com as propostas. Com alguns episódios que exploram muito bem o terror, apresentando uma nova perspectiva para o gênero que vem sofrendo com os anos, a antologia tem um grande potencial de crescimento se a Netflix não resolver cancelar. Mesmo que essa primeira parte tenha alguns episódios chatos, há outros que são muito bons, com propostas muito interessantes e sinistras.

Como cada episódio conta uma história diferente, temos 8 diferentes protagonistas, cada qual com seu jeito de interpretar as histórias. O elenco é repleto de artistas já consagrados, que fazem a diferença em cada uma das histórias. Não pretendo dar spoilers nem me aprofundar falando de cada personagem, mas vou dar nome aos atores que mais impressionaram com suas interpretações: Rupert Grint, Kate, Micucci, Crispin Glover, Ben Barnes e Julian Richings. As atuações são um ponto alto da série, mesmo com episódios de histórias fracas, o elenco soube manter um bom padrão de representação.

Agora o elemento mais importante e marcante de produções de Del Toro: os efeitos especiais. A Netflix não poupou gastos para entregar ao diretor o material suficiente para que ele conseguisse expressar as formas mais bizarras de sua mente insana. Tanto os efeitos práticos como o CGI da série é muito bom mesmo, fiquei bem impressionado. Os elementos visuais foram explorados com maestria na série, cada episódio criando uma noção de terror mais sinistra que o outro. Os diretores escolhidos para a primeira temporada foram mais que acertados, com nomes de peso como Keith Thomas, Catherine Hardwicke, Ana Lily Amirpour e David Prior, são alguns deles. A forma como os diretores conduzem seus episódios carrega muito das peculiaridades de cada um deles, resultando em um experiência bem interessante pela mente desses indivíduos.

A antologia de Guillermo Del Toro é uma produção bem interessante da Netflix, que consegue sim trabalhar de maneira inovadora no gênero, entregando uma expriência de terror bem imersiva. Mesmo com alguns episódios mais fracos que outros, a antologia consegue manter um bom padrão de qualidade em sua primeira temporada. Muito disso se deve ao elenco acertado que foi escolhido para os episódios. Os efeitos especiais são sem dúvida o ponto mais alto de toda a série, com uma produção no nível do diretor vencedor do Oscar. Se prepare para um CGI e efeitos práticos bem impactantes. Se você curte terror e quer ter uma experiência antológica diferenciada, essa é uma boa série para conferir.

A primeira temporada de O Gabinete de Curiosidades de Guillermo Del Toro está disponível na Netflix.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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