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Crítica: The Mandalorian – 3ª Temporada ★★★★☆ (2023)

(Reprodução)

Com o final da segunda temporada de O Mandaloriano (The Mandalorian) e a sua participação em O Livro de Boba Fett (2022), a série do universo Star Wars sugeriu caminhos emocionantes para Din Djarin (Pedro Pascal) e Grogu. Embora esses novos caminhos sugerissem isso, a terceira temporada sofre um pouco para manter o ritmo, mas não a ponto de perder o jeito.

Djarin retoma suas aventuras ao lado de Grogu em busca de redenção por ter removido seu capacete, um pecado quase imperdoável dentro do crença mandaloriana. A jornada leva o caçador de recompensas ao planeta Mandalore, onde ele une forças com Bo-Katan Kryze (Katee Sackhoff) para reunir mandalorianos de diferentes facções e retomar sua terra natal.

Nesta temporada, a narrativa foca mais na tentativa de restauração de Mandalore e em Bo-Katan, que assume um protagonismo interessante na série, a ponto de Djarin e Grogu ficarem mais em segundo plano. Mas esse protagonismo não fica só para Bo-Katan, os mandalorianos de forma geral são mais explorados nessa temporada. A temporada ainda encontra espaço para amarrar algumas pontas e trazer Moff Gideon (Giancarlo Esposito) de volta para um desfecho digno.

Embora a trama tenha sido boa, com bons momentos que aprofundam as relações entre os personagens, o ritmo acabou ficando um pouco mais lento, com alguns episódios com mais foco no fan-service do que em estabelecer uma narrativa envolvente. Ainda assim, os episódios são bons o suficiente para nos manter interessados no desenvolvimento da história.

A relação entre os personagens e seu desenvolvimento segue cada vez melhor na série. Nesta temporada, a relação entre Djarin e Grogu é mais apofundada, rendendo um desfecho muito emocionante para os dois. Pedro Pascal não dá as caras em nenhum momento da série, mas sabemos que ele esta lá, respirando por baixo do capacete. Bo-Katan de Sackhoff segue ótima, e nessa temporada fica ainda melhor. 

A personagem de Sackhoff ganha um bom destaque neste arco da história junto dos mandalorianos, o que nos aproxima mais da história desse povo muito pecualiar de Star Wars. A convivência com os dois grupos de mandalorianos é um ponto muito alto, pois os personagens precisam enfrentar as diferenças entre suas crenças a fim de obter um mesmo objetivo.

Jon Favreau segue acertando em sua narrativa sobre Din Djarin, apesar de alguns deslizes na condução da história. A direção dos episódios também é muito bem realizada, com ótimas cenas de ação, principalmente as que envolvem os confrontos com os mandalorianos. A luta entre Djarin e Gideon também é incrível, com uma participação impressionante de Grogu e Bo-Katan.

A ambientação continua sendo um colírio para os olhos, assim como nas temproadas anteriores. O visual da série é impressionante, a construção de cada detalhe do cenário enriquece muito a experiência. A trilha é outro elemento que não deixa a desejar na série, acertando para criar o clima perfeito.

The Mandalorian é uma série que caiu rapidamente no gosto popular, ganhando os fãs de longa data da franquia, assim como pessoas que não tiveram contato com o universo. A dupla de protagonistas, Din Djarin e Grogu, são sem dúvida o elemento mais marcante e simbólico da série. A terceira temporada tenta nos mostrar se é possível imaginar esse universo com uma presença menos notável da dupla, e até que consegue, mas falha um pouco ao estabelecer o ritmo. A trama é envolvente apesar de afastar um pouco Djarin e Grogu do foco, a presença de Bo-Katan e dos mandalorianos compensa, e muito, essa falta.

A atuação segue sendo muito boa, com personagens muito cativantes, que conseguem nos ganhar pelo seu carisma. O destaque é para a participação de Sackhoff como Bo-Katan, que evoluiu muito nessa temporada. Os efeitos especiais da série seguem impecáveis, com cenas de ação excelentes que são de cair o queixo. Essa terceira temporada vale muito a pena ser conferida, apesar do desenvolvimento mais fraco.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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