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Crítica: Oppenheimer ★★★★★ (2023)

(Reprodução)

“Oppenheimer”, dirigido pelo aclamado Christopher Nolan, é uma obra-prima cinematográfica que mergulha profundamente na complexidade da criação da bomba atômica. Baseado no livro biográfico “Prometeu Americano: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer”, o filme é ambientado na Segunda Guerra Mundial e acompanha a vida de J. Robert Oppenheimer, interpretado brilhantemente por Cillian Murphy. A trama se concentra no desenvolvimento das primeiras bombas atômicas, responsáveis pelas tragédias em Hiroshima e Nagasaki.

A escolha de Nolan em adaptar esta história é brilhante, trazendo à vida uma narrativa rica e emocionante. A riqueza nos detalhes e a habilidade do roteiro em trabalhar conceitos complexos da Física tornam a experiência imersiva e muito cativante. A abordagem da polarização ideológica é habilmente elaborada, provocando reflexões profundas sobre a sociedade.

O elenco estelar, que inclui nomes como Emily Blunt, Matt Damon, Robert Downey Jr., Florence Pugh, Gary Oldman, Jack Quaid, Gustaf Skarsgård, Rami Malek e Kenneth Branagh, entrega performances excepcionais. Cillian Murphy e Robert Downey Jr. destacam-se com atuações memoráveis, com Downey Jr. possivelmente no melhor papel de sua carreira.

A técnica impecável de Nolan na criação dos cenários e efeitos é notável, com uma ambientação incrível e efeitos práticos impressionantes. A ausência de CGI acrescenta autenticidade à experiência visual, e a ação do filme é bem filmada, com ótimas cenas.

Apesar de sua complexidade, o filme é acessível, embora aqueles deslocados do contexto histórico possam encontrar dificuldades em compreender alguns conceitos. A questão da polarização ideológica que o filme apresenta é elaborada de maneira brilhante, nos colocando a refletir a partir de um viés único, que apesar de subjetivo, ressoa no inconsciente da sociedade. Como alguém que não conhecia a vida do “Pai da Bomba Atômica”, me surpreendi com muito do que aprendi sobre seu caráter e também seu pensamento político.

Em resumo, “Oppenheimer” é uma recomendação entusiasmada, especialmente para aqueles dispostos a explorar a polarização ideológica com uma mente aberta. É um filme que não apenas entretém, mas também educa e provoca, solidificando o legado de Nolan como um dos grandes cineastas de nossa época. Para os amantes do cinema e de história, “Oppenheimer” é um deleite visual e narrativo que não deve ser perdido.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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