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“Ainda Estou Aqui” desafia a ‘Marvelização’ e revigora o cinema brasileiro

"Ainda Estou Aqui" lidera bilheterias com narrativa histórica e emocionante.

O cinema brasileiro está em festa com o sucesso de “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles. O longa, inspirado no livro de Marcelo Rubens Paiva, estreou liderando as bilheterias nacionais, com uma arrecadação impressionante de mais de R$ 8,5 milhões. A narrativa emociona ao resgatar memórias da ditadura militar, mostrando a luta de Eunice Paiva, mãe de cinco filhos, que enfrenta a perda do marido, o deputado Rubens Paiva, desaparecido sob custódia militar.

Uma nova fase para o cinema nacional

Segundo Marcelo, o público está cansado da “marvelização” do cinema. Ele explica que há uma busca crescente por histórias humanas, que tragam reflexão e emoção. “As pessoas querem ver filmes que realmente as toquem”, comentou o autor. Além disso, essa mudança de interesse é evidente no desempenho de “Ainda Estou Aqui”, que atraiu mais de 350 mil espectadores logo em sua estreia, destacando-se como a maior abertura de um longa nacional da Sony desde 2015.

O impacto de “Ainda Estou Aqui” nos festivais internacionais

O filme de Walter Salles emocionou plateias internacionais, sendo ovacionado em festivais como Veneza e Toronto. Sua narrativa potente e atuações memoráveis garantiram o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza. Diferentemente das superproduções de Hollywood, a obra explora temas como resistência, perda e amor em tempos de opressão, resgatando importantes memórias da história brasileira.

Além disso, outro ponto forte do longa é seu elenco. Com Fernanda Torres e Fernanda Montenegro interpretando Eunice Paiva em diferentes momentos de sua vida, o filme se enriquece com atuações profundas e cativantes. Selton Mello, no papel de Rubens Paiva, também entrega uma performance marcante. Sob a direção experiente de Walter Salles, que retorna após 12 anos, o filme se destaca pela sensibilidade com que aborda questões complexas.

 

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Representação do Brasil no Oscar 2025

Ainda mais, dado o impacto nacional e internacional, “Ainda Estou Aqui” foi escolhido como representante do Brasil na disputa por uma vaga no Oscar 2025. A obra não apenas celebra o cinema brasileiro, mas também reforça a importância de revisitar a nossa história. Para quem busca uma experiência cinematográfica tocante, o filme é essencial.

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Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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