Este texto poderia ser feito com toda a impessoalidade e formalidade jornalística, mas assim como o escritor Mário Bortolotto, eu amo as mulheres e, por isso, não poderia ser impessoal nesse artigo. Meu apreço pelo cinema não é recente e é, em grande parte, por causa de algumas personagens que me tiraram o fôlego ou que me fizeram ver o mundo com outros olhos.
Entre minhas personagens favoritas eu faço questão de destacar Bridget Jones (interpretada por Renée Zellweger no filme de 2004), o filme acompanha a tragicômica relação amorosa de Bridget Jones e seus dois amores, e apesar das desventuras e da melação romântica, eu sinto que esse filme fala muito sobre as relações amorosas e como sentimento é algo confuso e prazeroso. É um filme que tem uma dose de sensibilidade que nos leva de volta ao nosso primeiro amor e todo aquele sentimento de paixão adolescente. É um ótimo filme para os que desejam se aventurar pelo gênero de comédia-romântica – mesmo o filme sendo mais romance do que comédia.
Mas Renée Zellweger foi apenas uma paixão passageira, diferente de Linda Hamilton, a Sarah Connor (de O Exterminador do futuro, 1984), essa sim ainda me tira o fôlego. No último longa, quando Sarah Connor aparece e atira com uma bazuca ou em o Exterminador do futuro 2 (1991) quando Sarah Connor está preparando seu arsenal pessoal contra o T-1000, são, para mim, as cenas mais empolgantes de toda a franquia. Ela é uma das poucas personagens do cinema que sentimos sua evolução, de uma jovem rebelde/ingênua do primeiro filme à uma caçadora de t-800 no último filme, com toda uma bagagem de violência e resistência em toda sua trajetória. Em uma em que o cinema de ação era dominado por homens brutamontes, Linda Hamilton superou Arnold Schwarzenegger (que era o protagonista do filme).
E não poderia deixar de fora a mulher que me deixou em estado de êxtase, a Noiva, ou Beatrix Kiddo (Uma Thurman em Kill Bill, 2003). Essa é talvez a personagem que mais me fez reassistir a um filme. As cenas de ação são surpreendentes em Kill Bill, mas nada funcionária sem uma excelente protagonista, diferente de tudo que u já tinha visto até então, ela era violenta e brutal, mas não se limitava a isso, era esperta e sagaz (e muito estilosa). A Noiva foi uma das primeiras personagens que eu vi em um filme de ação com combate físico e foi demais, a cena da casa de banho do primeiro filme (aquela cena que fica em preto e branco) é uma das melhores cenas de ação para mim.
E para fechar, listarei algumas outras personagens que me fizeram apreciar o cinema: Ellen Ripley (Sigourney Weaver, do filme Alien – o 8° passageiro) essa não precisa de apresentações, ela é durona e difícil de derrubar, se isso não bastasse ela enfrentou o xenomoformo de igual para igual; as garotas de Sucker Punch (2011), apesar do filme ter seus defeitos, elas protagonizam as cenas mais bacanas de ação-fantasia dos últimos anos (ainda mais em uma época sem Marvel para ditar os parâmetros, elas arrasaram); e, finalizando, Amélie Poulain (vivida por Audrey Tautou, em O Fabuloso Destino de Amélie Poulain), essa é uma das personagens mais carismática do cinema, ela transborda amor e tem todo um jeito diferente de se expressar, o que desperta atenção até nos mais brucutus.
Esta foi uma pequena homenagem ao dia das mulheres, por este que é apaixonado por mulheres. Felizmente o cinema tem trazido grandes papeis femininos e com eles novas chances de nos apaixonarmos por personagens dos mais diversos estilos e tipos.
Este texto não retrata a opinião da equipe Geek Sapiens, apenas do autor.