Enquanto Godzilla vs Kong não chega, vamos a mais um episódio do nosso especial monsterverso, hoje trazendo um dos filmes mais amados pelos fãs de terror: Freddy vs Jason (2003).
Logo de cara, vamos lá: o filme é bom e ruim ao mesmo tempo, os efeitos especiais são datados e as motivações de todo mundo no filme é dispensável, mas isso nem o problema do filme, afinal a série Jason e a série Freddy é baseada nisso mesmo: personagens sem uma motivação decente. O curioso é que tudo acontece por causa do “tédio” de Freddy, que faz Jason reviver e tirá-lo do inferno.
E é claro que tem o grupo de jovens que vão morrer, o primeiro azarado é Trey (Jesse Hutch), que é morto por Jason, e daí para frente o filme segue com o clássico: jovens morrendo, tentando sobreviver e a polícia fazendo sei-lá-o-que. A principio o filme é muito atraente, na época foi um dos grandes sucessos. E o filme não entrega logo de cara o combate entre os dois, isso é até deixado mais para o final, o ponto-chave do filme é justamente mostrar ambos vilões matando o pessoal e como isso vai direcionando tudo até o confronto final.
E durante a matança inicial, a polícia vai afirmar que algumas mortes eram suicídios e nesse ponto do filme somos apresentados ao clichê-mor: uma clínica psiquiátrica. Agora todo o quebra-cabeças dos filmes slashers estava montado, assassinatos sangrentos, jovens morrendo, vilão sem muito motivo para matar, polícia e clinica psiquiátrica.
E o filme segue sem muita novidade, até que uma das mortes muda tudo, quando Gibb (Katharine Isabelle) morre, as coisas ficam interessantes, Freddy tentava matá-la em um sonho, mas Jason que a mata – no mundo real. E Freddy se enfurece, as mortes seriam creditadas ao Jason, então ninguém acreditaria no retorno dele – de Freddy – e sem ninguém acreditando nele, ele “meio que deixa de existir”. Então o confronto entre os vilões parece ser inevitável.
Resumindo a trama, os jovens tomavam um inibidor de sonhos, mas, o uso desenfreado desse medicamento colocava as pessoas em estado de coma (irônico, não?), e Freddy queria evitar que os jovens tomassem o remédio, pois não foram todos que tomaram até entrar em coma (sim, eles tomavam esse remédio para ficarem doidões). E em uma das cenas de morte, Freddy leva Jason para o mundo dos sonhos, e rola uma briga bacaninha, mas nada que empolgue. Então os jovens levam Jason (que estava dormindo) até o acampamento Crystal Lake – nesse momento Jason estava perdendo para Freddy. A ideia dos jovens era colocar Jason para enfrentar Freddy e, depois, resolver o problema com Jason.
E Jason e Freddy saem do mundo dos sonhos e se enfrentam no pier do acampamento, nessa parte, Jason abandona a luta contra Freddy para matar um dos jovens (uma das garotas que o ajudou a se livrar de Freddy). Voltando ao confronto com Freddy, a briga rola e é uma briga boa, com olhos furados, braços arrancados e facadas para todos os lados. Até que Freddy morre com a explosão de um tanque de propano e Jason morre no lago (sim, eles repetiram a morte original de cada personagem).
O filme é um slasher, sem muita novidade, ele surge em um momento em que a computação digital estava dando seus passos mais importantes, então diversas cenas o efeito especial prático foi substituído pela CGI, o que fez com que o filme ficasse datado, mas ainda assim é um bom filme para se ver com os amigos.