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Análise: What Remains of Edith Finch – ★★★★☆ (2017)

(Divulgação)

What Remains of Edith Finch foi desenvolvido pela Giant Spearrow e lançado em 2017  para Xbox One, Playstation 4 e PC. A história do jogo gira em torno de uma família que vivia em uma casa misteriosa e melancólica, afastada de tudo e todos, e que passaram por tragédias complexas e singulares. Na pele de Edith, após ela receber a chave da casa de sua família, também após um tragédia, somos convidados a explorar para conhecer os mistérios da casa e da família Finch.

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A história do jogo nos é apresentada através das memórias dos membros da família Finch, conforme exploramos os vasto e misteriosos cômodos da antiga casa. A maneira como a história se desenvolve é interessante e imersiva, cada detalhe ao nosso redor conta para acrescentarmos informações sobre tudo que aconteceu com essa família, que em certos pontos passamos a acreditar que de fato são amaldiçoados. Edith além de nos revelar partes da história de seus familiares conforme exploramos, ela também interage com objetos, cartas e anotações que remontam à árvore genealógica de sua família. A história é contada de forma envolvente, sendo difícil não se emocionar em determinados momentos com as informações que nos são apresentadas.

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A jogabilidade é fluída, o personagem se move sem maiores complicações e em uma velocidade razoável, não sendo tão lento, nem muito rápido. Os comandos do jogo não são complexos, ao contrário, são intuitivos. Com a ressalva de alguns momentos em que você pode obter conquistas que se deve dar um pouco mais de atenção. Em cada trecho de lembrança que Edith constrói de seus familiares, temos uma experiência de jogo diferente, desde soltar pipa, caçar e até mesmo se tornar um sapo em uma banheira cheia de água.

Os gráficos desenvolvidos pela Giant Spearrow para o jogo não deixam a desejar, sendo muito bem detalhados, o que aumenta a imersão da experiência. A casa é belíssima, seus cômodos forma muito bem projetados e sua estrutura é, ao mesmo tempo, sombria e inesquecível. A quantidade de livros espalhados pelos cômodos também ajuda a dar vida ao ambiente, afinal são tantas histórias, tantos contos, que nos vemos diante de uma família cada vez mais misteriosa. A maneira como o texto surge na tela para guiar o jogador pela história é muito bem acertado, os textos se mesclam com o ambiente e em certos momentos podemos até interagir com o texto, o que ajudou a unificar a experiência da imersão da historia.  

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What Remais of Edith Finch não se trata apenas de um jogo em que devemos percorrer pelo cenário e chegar ao fim, mas sim do processo que existe no meio. O foco do jogo na história é algo marcante, pois nos apresenta reflexões únicas e interessantes, como uma das discussões mais antigas da humanidade: a vida e a morte. Embora o jogo se passe em um cenário que tende a nos levar para um estado de melancolia e tristeza, podemos ver pela perspectiva de Edith a necessidade de nos fazer sentir que a história pode ainda ser alterada por nossas decisões, quando nos tornamos capazes de enfrentar nossos medos e seguir rumo a esperança de um novo dia.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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