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Crítica: Ragnarok – ★★★★☆ (2021)

(Divulgação)

Ragnarok estreou na Netflix no ano passado, embora a temporada tenha sido sobre origem dos personagens, a opinião dos fãs ficou bem dividida, sendo alguns receptivos e outros mais desapontados, esperando uma versão mais hollywodiana da mitologia nórdica. Quando assisti a primeira temporada de Ragnarok eu me surpreendi com a qualidade da série, seja na parte visual, que apresentou fotografias incríveis e locais sensacionais, assim como pela história, que embora tenha havido certos deslizes narrativos, nada que interferisse a experiência final com a série.

A trama de Ragnarok, além de apresentar uma boa construção de personagens também segue relacionando as origens do confronto com a destruição do planeta causada por grandes corporações. Com a chegada da segunda temporada também vemos novos temas surgindo, como a busca pela identidade pessoal e a importância dos laços familiares; a luta entre as classes afetadas pela situação, que sempre termina com a vitória das corporações milionárias.

Nesta segunda temporada também tivemos, finalmente, o embate entre o herói e vilão. Magne nesta temporada está muito mais envolvido com sua missão como Thor em combater e derrotar os Gigantes. A luta principal desta temporada foi empolgante, com boas coreografias e com a carga emocional necessária para o momento. As repercussões desse conflito também foram muito bem acrescentadas, surpreendendo o público.

É interessante percebermos como Ragnarok consegue alinhar temas delicados e pontuais que permeiam a sociedade com um entretenimento de temática jovem, sem que um anule o outro. Talvez esse seja o grande acerto de Ragnarok, a maneira como é construída a trama, sempre apresentando elementos para que o público possa se identificar.

Embora o elenco seja desconhecido para a maioria das pessoas, ele é mais um dos pontos altos da série norueguesa. Os personagens são apresentados de formas interessantes e sua construção é concisa e funcional, com destaque para o ator que interpreta Loki. Seus conflitos pessoais que são apresentados dão certa profundidade a trama e nos faz sentir um pouco deste vazio causado por ser diferente e o sentimento de estar deslocado daquele ambiente.

Novos personagens também foram apresentados nesta nova temporada, não foram muitos, mas conseguem entrar na trama em momentos precisos, sem parecer forçado e não natural. Também acontece o desenvolvimento dos personagens antigos, o que aprofunda ainda mais o contato do público com as motivações de cada personagem. O destaque para esse desenvolvimento fica com o processo de Magne forjando o lendário Mjolnir, realmente impressionante.

Ragnarok é uma série perfeita para você que busca encontrar novas opções de conteúdo, longe dos moldes de Hollywood. A série norueguesa nos apresenta um trabalho excelente com a segunda temporada de Ragnarok, mantendo a precisão na forma de contar história, deixando de lado o trivial e focando em detalhes que fazem a narrativa prosseguir rumo ao seu desfecho. Basta agora esperarmos mais um ano para termos acesso a 3ª parte desta incrível série.

As duas temporadas de Ragnarok estão disponíveis na Netflix.

https://www.youtube.com/watch?v=Zyixk_sKnYk

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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