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Crítica: Record of Ragnarok – ★★★★☆(2021)

(Divulgação)

O novo anime da Netflix, Record of Ragnarok (Shūmatsu no Warukyūre) chegou com tudo na plataforma de streaming, trazendo uma narrativa interessante e ousada. O anime tem origem no mangá de Shinya Umemura e Takumi Fukui, ilustrado por Ajichika, que começou a ser publicado em 2018. A história é simples, os deuses se cansaram da humanidade e pretendem destruí-la, porém uma Valquiria sugere que ao invés de simplesmente apagar a humanidade da existênica, fosse elaborado um duelo entre os deuses e os maiores campeões da humanidade e é ai que tudo começa. 

A primeiro momento, cheguei a pensar que seria algo mediano, repleto de exageros e cenas desnecessárias. Mas, para minha surpresa, o anime conseguiu encontrar o equilíbrio perfeito entre a porradaria gratuita e a emoção de acompanhar lutas épicas, me trazendo um aspecto nostálgico. E que força maior para prender nós, humanos, do que a nostalgia?

Tudo começa em um tribunal onde os deuses estão discutindo as razões para extinguir a humanidade, levantando pontos interessantes, embora clichês. Zeus está no centro e parecia ser aquele que tomaria a decisão final e, quando estava prestes a bater o martelo, Brunhilde, a lider das Valquírias, surge com uma proposta um tanto quanto inusitada, um duelo épico entre deuses e homens, que decidira o futuro da humanidade, o Ragnarok. Este duelo é fundamentado no direito da humanidade decidir seu próprio destino. E, sem grandes delongas, a arena do Ragnarok já estava preparada e as lutas já iriam começar. Nesta primeira temporada tivemos 3 lutas épicas com cenas marcantes.

A animação não segue um padrão muito dinâmico, as lutas se estendem por vários episódios, com aquelas típicas cenas de revira-voltas nos combates, algo que me trouxe uma nostalgia instântanea com os animes mais clássicos, como Cavaleiros do Zodíaco, por exemplo, onde cada golpe era explorado até o último instante, retardando as cenas de luta com flashbacks da vida dos personagens e também esclarecimentos sobre os golpes utilizados. Isso pode afastar algumas pessoas que procuram algo mais dinâmico e com cenas de ação menos travadas. Mas para quem não se preocupa com esse detalhe, que pode parecer o ponto crítico, o anime pode surpreender com a forma de elaborar a narrativa, nos fazendo esquecer totalmente as cenas de lutas travadas para desfrutar de uma animação supreendente. As músicas do anime também ajudam a criar um clima drámatico e intrigante, desde o primeiro episódio até o último, equilibrando muito bem cada cena, nos prendendo em cada episódio.

Ao decidir pelo combate na arena Ragnarok, foram escalados 13 campeões de cada lado, e chegamos até a ter um vislumbre dos nomes dos campeões, mas nessa primeira temporada vemos apenas a luta de 3 deles, com direito ao quarto representante sendo introduzido no último instante do episódio final. Os personagens foram escolhidos de forma bem acertadas, já entregando uma primeira luta entre dois grandes personagens, Lü Bu, uma dois maiores generais na era dos Três Reinos da China, contra Thor, o deus do trovão da mitologia nórdica. Além dos personagens que irão participar do combate, existem também outros que aparecem na tela, muitas vezes explicando um pouco dos eventos e até revelando mais sobre a vida de cada lutador e suas técnicas de combate. A relação entre os persoanges foi bem realizada e embora haja muitos exageros e sátiras, o anime consegue entregar um bom resultado ao longo dos episódios. A série também mescla eleentos de diversas religiões, o que torna o desenvolvimento dos personagens ainda mais interessante, te deixando intrigado para conhecer a história e principalmente os poderes de luta de cada um.

Até o momento eu não conhecia o mangá muito menos a história do anime, porém, após maratonar os episódios me despertou o interresse em me aprofundar um pouco mais na história e descobrir mais sobre o universo de Record of Ragnarok. E se você também não conhecia, essa é a oportunidade de assistir e descobrir uma excelente história. A Netflix consegue entregar um anime bem polido e nostálgico, com ótimos combates e uma narrativa que te prende do começo ao fim, super recomendado para você que curte um torneio aleatório com porradaria gratuita, sem grandes compromissos. O anime conta com 12 episódios de 25 minutos cada, uma ótima pedida para maratonar no final de semana.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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