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Crítica: Resident Evil: No Escuro Absoluto – ★★★★☆ (2021)

(Reprodução)

Resident Evil: no Escuro Absoluto acaba de estrear na Netflix, uma aposta interessante que combinou características dos jogos com novos elementos da trama. Esta é a quarta animação que expande o universo da franquia de jogos, a diferença é que optaram por dividir em episódios ao invés de um filme. A animação carrega a marca do survival horror e consegue levá-la até o final, ficando claro para quem assiste que se trata de algo relacionado a Resident Evil. A maneira como se desenrola a história, as cenas de ação e diálogos, tudo remete ao universo da franquia. E para tornar tudo ainda mais nostálgico, Leon e Claire estão de volta e protagonizam juntos esta primeira temporada.

A história traz elementos de conspiração governamental evolvendo uma grande guerra biológica no mundo, sendo provacada de dentro da casa branca nos Estados Unidos. A maneira como os detalhes são apresentados é interessante e dinâmico, trazendo informações de forma pontual, sem diálogos desnecessários. Leon e Claire seguem caminhos opostos na trama, desvendando da sua maneira o mistério, até se reecontrarem para o grande desfecho. E como você pode perceber, não faltam elementos dos jogos, podemos até considerar como um fan-service. Embora a trama seja simples, ela funciona bem para a série e combina com elementos nostálgicos de forma agradável.

Os personagens que surgem na tela não são fundos poços de sabedoria nem de falas incríveis, muito embora tenha até sido citado o pensamento gregomas cumprem seu papel na série com elegância, até conseguindo rancar um riso de quem assiste pelo esforço. Os diálogos não trazem muita profundidade e chegam a ser bem genéricos. Mas o carisma da dupla Leon e Claire são mais que suficiente para prender o fã da franquia até o fim, já aqueles que não conhecem a série, talvez possam se decepcionar com a falta de expressão de Leon e suas falas um tanto quanto datadas, o contrário de Claire, que teve maior parte de suas cenas resumidas a investigação, quase que não interagindo com outros personagens.

O que a animação pecou em diálogo, ela acertou em ação, as cenas estão com qualidades incríveis, fluindo de maneira tranquila pela tela. E como poderia ser diferente, se tratando de Residet Evil, uma série que além do horror e sobrevivência, tem na origem a ação? Quem vai assisitr pode esperar grandes cenas de ação com qualidade excelente. Leon está em praticamente todas as melhores cenas de ação, como de costume, e sempre mandando bem, inclusive, uma das cenas que vemos o nível de fan-service é mais no final da série, quando Leon ao sair do elevador encontra logo ao olhar para o lado um armário com diversas bazuka, “a arma certa no lugar certo”, e se você é fã da franquia, vai saber o que isso quer dizer.

Como já falamos dos diálogos medianos e da ação muito bem desenvolvida, nos falta comentar da qualidade da animação. No Escuro Absoluto avançou muito com relação a qualidade gráfica se comparada ao seus antecessores, o que vemos com bons olhos, afinal, cada detalhe da animação foi bem polido. O nível de detalhamento não chega a ser o melhor, mas com certeza é o melhor das animações da franquia. Os cortes e fotografias são bem nostálgicos e buscam trazer uma comunicação com quem assiste, ficando a sensação de que a qualquer momento a conversa vai acabar e você vai assumir o controle do personagem. A animação está tão boa, que chega próximo do que vimos em Love, Death and Robots.

Enfim, se você é fã da franquia, muito provavelmente vai se sentir satisfeito com a série. Ela consegue entregar e solucionar todos os pontos de forma coesa e dinâmica, combinando isso com fatores nostálgicos essencias. Já quem não conhece a franquia e vai apenas se aventurar, é provável que encontre um entretenimento mediano, mas que cumprirá aquilo que você busca, algumas horinhas de diversão. Resident Evil: No Escuro Absoluto possui 4 episódios com cerca de 30 minutos cada, uma série curta que com certeza vale a maratona. 

E aí, você já assistiu “No Escuro Absoluto”? Deixa aí nos comentários a sua opinião.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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