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Crítica: Viúva Negra – ★★☆☆☆ (2021)

Viúva Negra | Marvel divulga nova cena de ação do filme
Reprodução

A Marvel produz grandes filmes, isso já é sabido por quase todo mundo. Os efeitos especiais e as interpretações são fenomenais – vez ou outra deixam a desejar, mas raramente isso ocorre. Viúva Negra é um desses filmes, que apresentam efeitos especiais grandiosos e boas interpretações, mas só isso. 

Scarlett Johansson está incrivelmente confortável no papel da Viúva Negra, deixando uma sensação de “estar cumprindo com o dever” enquanto interpreta a personagem. Florence Pugh é uma das apostas que mandam bem, ela é a “irmã” da Natasha e uma Viúva Negra também. E o último do podium das interpretações é David Harbour, o Guardião Vermelho, ele simplesmente vai de 0 à 100 na interpretação do personagem – que serve como alívio cômico desnecessariamente.

No geral o filme é um G.I. Joe ruim, na questão da narrativa e enredo. A trama não oferece peso algum, as ações dos personagens deixam aquele gosto de ação sem consequência, principalmente o evento do final do filme. Em diversas cenas temos o caos comum das produções Marvel, até aí normal, mas nada parece ter consequência no mundo. 

A narrativa pesa para posicionar o filme dentro do UCM, falando diversas vezes que o filme se passa depois de Guerra Civil, e aqui temos um problema grave, o timing, o filme seria melhor aproveitado se fosse lançado em sequência do filme de 2016 e, por não ter sido lançado na sequência, a sensação de causa e efeito dentro do UCM é praticamente zero. 

E por se tratar de uma personagem que luta com o corpo, imagina-se que o filme terá grandes cenas de lutas, e isso acontece, mas com cortes bruscos, a primeira luta com o Treinador, tem um corte muito ruim, que quebra a dinâmica da luta, isso no meio de um golpe. E esses cortes seguem pelo filme todo, há cenas de ação que começam e não vimos, por há um corte, só sabemos que existiu na nossa imaginação.

Fora os cortes que quebram a narrativa, o enredo não agrada, é uma história de vingança e libertação (e família) que cabe em qualquer outro universo, com personagens que não agradam, como Melina (Rachel Weisz), ou personagens destruídos pela narrativa, como o Treinador (não darei spoilers, mas que é um personagem genérico quando lhe é dado mais tempo de tela).

No final, é mais um filme da Marvel, algo que agradará fãs e entusiastas da personagem, mas que não compensa os R$70,00, se você for assistir via VOD pelo Disney+. O maior ponto forte são as músicas, principalmente a versão de Smells Like Teen Spirit.

Spoiler abaixo

No final há uma cena pós-crédito com a Madame Hydra e Yelena (Florence Pugh) que contribui para uma teoria criada em Falcão e Soldado Invernal.

Sobre Dan Claudino

Professor de História, aspirante a podcaster e escritor. Viciado em cultura cyberpunk e jogos de ação.

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