Página Inicial / Críticas / Crítica: Aqueles Que Me Desejam a Morte – ★★★☆☆ (2021)

Crítica: Aqueles Que Me Desejam a Morte – ★★★☆☆ (2021)

(Reprodução)

Saudações caro leitor, o filme de hoje é Aqueles Que Me Desejam a Morte, suspense neo-western americano dirigido por Taylor Sheridan com roteiro de Michael Koryta, Charles Leavitt e Sheridan, baseado no romance de mesmo nome de Koryta, que chegou recentemente no catálogo da HBO Max e traz questões complexas, relacionadas a grandes conspirações.

A história começa já em um clima tenso, a família de um importante político é assassinada com uma explosão dentro de sua própria casa. Após o acontecimento, vemos um pai e seu filho iniciando uma fuga desses mesmo assassinos, interpretados por Nicholas Hoult e Aidan Gillen, pois é revelado que o pai do garoto descobriu informações que podem comprometer grandes sujeitos no governo americano. Paralelo a isso, somos apresentados a um time de bombeiros e policias com Angelina Jolie intepretando Hannah Faber e seu ex, interpretado por Jon Bernthal . De início não vemos muitas maneiras dessa trama se entrelaçar, mas isso acontece de forma um pouco forçada. O roteiro consegue criar uma tensão com os assassinos, passando um ar de frieza em alguns momentos, mas ao mesmo tempo, consegue torná-los paspalhões em outros, incapazes de acertar o alvo na sua frente. A trama conspiracional também é pouco desenvolvida, chegando a deixar em aberto questões que impedem a trama de se amarrar e criar uma base sólida para os personagens.

O elenco tem grandes nomes, mas nem mesmo eles foram capazes de se manterem firmes. Angelina Jolie entrega uma ótima personagem, com traumas de seu passado como membro do corpo de bombeiros e um estilo meio típico de papéis que a atriz costuma fazer, bem casca grossa. Arrisco até em dizer que sua presença no longa torna ele assistível, graças ao histórico de filmes de ação da atriz. Os outros persoagens se esforçam para entregar o que é possível, levando em conta um roteiro sem pé nem cabeça. Eles até cumprem essa tarefa com tranquilidade, mas não o necessário para tornar suas atuações ou o longa em si relevantes.

A parte visual do filme é um grande acerto, as fotografias e cenas encaixam muito bem com a tensão dos momentos. O visual ajuda a criar uma experiência interessante para o filme e ajuda a esquecer um pouco que o roteiro não está entregando as informações necessárias para tornar a trama plausível. As cenas de queimadas também são bem interessantes, embora haja alguns problemas básicos, como a não dificuldade em respirar mesmo estando com o fogo colado com os persoagens, o que tira um pouco do realismo do momento. Já as cenas de ação do longa estão muito boas, conseguindo criar um clima interessante, e talvez esse seja o motivo que me levou a ir até o final do filme. Angelina Jolie está incrível nas cenas, ela prova que é sim uma atriz versátil e que consegue entregar uma boa atuação em um filme que exige muito de seu físico.

Aqueles Que Me Desejam a Morte é um filme simples, que se propõe a trazer uma trama complexa mas que no fim, não consegue entregar um resultado totalmente satisfatório para quem assiste. Penso que o problema está no roteiro mal sistematizado, que as vezes parece preencher lacunas com mais lacunas, desembocando em um amontoado de nada, que não leva a conclusão nenhuma. Não querendo dar spoilers, para não estragar sua experiência, mas se for ver o filme, se atente ao bilhete que o pai entrega para seu filho no começo, que segundo ele traz grandes informações que podem desestruturar grandes sujeitos. Esse bilhete é um dos pontos onde o roteiro deixa um tanto a desejar na conclusão do longa. O filme em si não é ruim, mas também não é bom, se eu fosse recomendá-lo, faria isso apenas pela presença de Angelina Jolie no filme. A trama se estende por 1h40 e funciona como uma diversão sem compromisso para um dia aleatório, como foi o meu caso.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

Você pode Gostar de:

Crítica | “Bebê Rena” revela a profundidade da obsessão humana

“Bebê Rena” é uma minissérie britânica que se destaca por seu humor ácido e um …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *