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Crítica: The Witcher: Lenda do Lobo – ★★★★☆ (2021)

(Reprodução)

Saudações leitor. The Witcher: Lenda do Lobo é a nova animação da Netflix, baseada na obra de sucesso homónima. Meu primeiro contato com The Witcher foi através da série da Netflix e logo em seguida com o game The Witcher 3: Wild Hunt, porém, nenhum dos dois foi suficiente para que me despertasse um interesse maior sobre o universo, principalmente por ter achado muito confuso a maneira como a história foi apresentada. Mas isso mudou com essa nova animação, que não só expande a franquia, mas ajuda aqueles que estão sem tempo para se aprofundar na história pelos livros.

A trama do filme é intrigante e foi desenvolvida de uma forma muito dinâmica, sendo capaz de trazer a quantidade suficiente de detalhes sobre o universo, se caso você também for como eu e estava se sentindo confuso com a trama. No longa, acompanhamos a jornada de Vesemir, um jovem que desejava mudar de vida e conquistar riquezas e poder, devido a sua natureza mais humilde, como servo. Embora esse não tenha sido o foco, apresentar esse sonho de ascender de classe social em um período análogo ao feudalismo é fascinante e contribui para o enriquecimento da narrativa. O jovem conhece Deglan, um bruxo que atua com uma única finalidade, ser pago. Seu interesse pelo estilo de vida foi instantâneo e com isso decidiu partir em busca de se tornar um bruxo. Desta forma, somos introduzidos a Kaer Morhen, a fortaleza onde os bruxos são criados e treinados. Aqui seremos apresentados a verdadeira origem dos bruxos e de sua fama, além também dos conflitos aos quais estão envolvidos, nisso a trama é muito satisfatória e esclarece diversos pontos acerca deste incrível universo.

O protanoismo de a Lenda do Lobo recai sobre os ombros de Vesemir, um personagem não tão bem explorado nos jogos e na série, mas que aqui podemos conhecer melhor e vê-lo interagir com eventos importantes para a construção do universo de The Witcher. Tanto na série com Henry Cavil, quanto no game The Witcher 3, eu senti que a narrativa tendia mais para a tríade de personagens Gerald, Yennifer e Ciri. Portanto, explorar o mundo dos bruxos através da perspectiva de um personagem diferente foi ótimo. Mas não apenas Vesemir foi interessamte, os outros personagens que surgem ao longo da trama são carísmaticos e conseguem ganhar nossa atenção.Lady Zerbst, antiga conhecida de Vesemir, cumpre um papel importante na trama e tem um desfecho emocionante junto a Vesemir. Seu mestre, Deglan, também é um personagem interessamte, envolto em mistérios sobre a criação de monstros, que é bem apresentado e desenvolvido, trazendo um encerramento bem elaborado que consegue ligar todos os pontos.

A produtora Lauren Schmidt Hissrich, o roteirista Beau DeMayo e o Studio Mir assinam esta incrível história de origem, o mesmo estúdio por trás de A Lenda de Korra. Portanto, você pode esperar cenas de ação incríveis, fluídas e dinâmicas. A animação em geral foi muito bem produzida e passa uma sensação de fluidez em grande parte das cenas. Ao longo dos confrontos veremos Vesemir explorar ao máximo suas habilidades de bruxo, que foram representadas de forma bem exagerada, mas que o resultado é extremamente satisfatório, dando uma sensação épica para as lutas, principalmente a batalha final, essa é de cair o queixo.

E aliado a essa animação de qualidade, está uma trilha sonora verdadeiramente épica, um dos pontos altos desse universo, tanto da série quanto dos games. A trilha foi composta por Brian D’Oliveira, que entregou um trabalho sensacional, capaz de marcar cada momento. Deixando aqui meu destaque para música There’ll Always Be Another Monster, que faz uma conexão com a fala de Deglan sobre a vida dos bruxos e sua subsistência. Se você já jogou os games ou viu a série da Netflix, sabe que a trilha sonora de The Witcher é realmente sensacional.

The Witcher: Lenda do Lobo foi um filme que assisti sem muitas expectativas e que me surpreendeu de forma extremamente positiva. Finalmente consegui ligar os pontos e aprender um pouco mais da história desse universo incrível. Confesso que o filme me deixou ainda mais interessado em me aprofundar nesse mundo. Se você assim como eu, se sentia confuso com a trama de The Witcher, por não ter lido os livros, esse filme irá te ajudar a compreender tudo que precisa para se situar no universo. Portanto, recomendo fortemente o longa, pois irá agregar não apenas com o conheicmento sobre The Witcher, mas também pela incrível animação, um entretenimento de qualidade.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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