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Crítica: La Casa de Papel: 5ª Parte, Volume 1 – ★★★★☆ (2021)

(Reprodução)

Saudações geeks, nessa crítica iremos falar da primeiro volume da 5ª parte de La Casa de Papel, a série de assalto sobre um grupo de ladrões que passaram a ser vistos como heróis do povo, que se tornou um sucesso na Netflix. Quando lembramos da 1ª temporada, que estreou em 2017, sentimos aquela nostalgia, pois a série foi capaz de combinar elementos de diversos gêneros e entregou um resultado impressionante. Como não lembrar de se impressionar com os planos mirabolantes do querido Professor, ou dos surtos repentinos de Tóquio? Pois é, seja como for, para quem assistiu, a série foi capaz de marcar de alguma forma, seja pela roteiro interessante e cheio de reviravoltas ou pela carisma dos personagens. Talvez você possa não gostar, mas não há como negar: La Casa de Papel se tornou um fenômeno.

E por falar nos personagens, aqui veremos eles em seu melhor momento desde a 1ª temporada. Teremos o desfecho de alguns arcos, e talvez um que para você, se assim como eu, não gostava do personagens, irá se sentir satisfeito. E para aqueles que sentiram a morte da Nairóbi, aqui teremos uma pequan cena onde a personagem tem um diálogo com Tóquio, bem interessante e que serve como uma pequena homenagem. Mesmo sempre tendo visto a personagem como explosiva e passional, nesta temporada, pela primeira vez, me senti conectado com a jornada da Tóquio e passei a ver sentido em sua forma de agir. Acredito que o destaque da temporada fica com ela, a atriz mandou muito bem e soube passar uma sensação verossímil para o contexto. Mas os atores em geral fizeram um grande trabalho, e percebemos que isso fica evidente na dedicação que aplicaram ao gravar o desfecho desta grande história de assalto. A cena do Professor Parteiro, que foi muito comentado na internet, aconteceu e foi muito bem executada com pequenos alívios comicos que amenizam a tensão. E para você que sente aquela falta do Berlim, saiba que aqui também teremos “flashbacks” sobre sua vida, e que talvez possa ser essa sua melhor aparição desde sua performance na temporada inaugural. As cenas com Berlim não tem conexão com a trama, por enquanto, e apresentou a relação dele com seu filho, de como ele entrou para o mundo dos ladrões com seu pai em um incrível roubo de ouro vicking. Também podemos notar o amadurecimento, não apenas dos personagens, mas da trama em si, com grandes cenas e diálogos importantes que conseguem criar uma atmosfera de redenção incrível, como a cena em que é discutido o que se deveria fazer com os tesouros amercianos ou quando Bogotá tem uma luta mano a mano contra Gandia, aqui sentimos a discussão que a série sempre buscou levantar. E na apresentação dos novos personagens, parte do grupo especial militar, vemos claras referências das cenas em que o professor instruia o grupo de ladrões, bem nostálgico. O grupo militar foi apresentado de forma dinâmica e muito bem colocados dentro da trama.

A história de La Casa de Papel pode ter parecido simples no início, mas conseguiu amadurecer com dignidade e encontrar uma narrativa agradável e que consegue se sustentar em diversos momentos complexos. Nesta 5ª temporada vemos o grupo tendo de enfrentar o que talvez possa ser sua maior ameaça até agora: o exército. Retornamos extamente no ponto que paramos na temporada anterior: Lisboa acaba de chegar ao banco, após enganar a polícia e Alicia encontrando o esconderijo do Professor. Portanto, veremos o grupo pela primeira vez tendo de agir sem as orientações de seu mentor. No meio tempo, temos chegada das forças militares para tentar conter a ameaça e acabar de vez com o grupo de ladrões. Com o Professor rendido em seu esconderijo, o grupo passa a agir sem sua supervisão, ou seja, sem o famoso plano. É aqui que percebemos o amadurecimento do roteiro, que foi capaz de se desenvolver de forma dinâmica e sem tantos entraves novelescos, como acontecia nas primeiras temporadas. Nesta parte final, vemos o roteiro entregar as informações com clareza e as consequências serem de fatos sentidas pelos personagens. Me arrisco em dizer que a falta de plano do Professor pareceu parte do plano, de tão bem executado. Com personagens amadurecidos e capazes de lidar com as mudanças impostas no contexto pela narrativa, confesso que esse possa ser o melhor momento da história do grupo de ladrões.

E claro, temos que falar daquilo que não poderia faltar nesta temproada: ação frenética. Aqui veremos as melhores cenas dessa primeira parte, As cenas dos confrontos são ótimas e passão uma sensação de tensão, algo bem característico da série. Claro que também teremos aquelas performances um pouco desconexas na parte da ação, como segurar a arma errado ou atirar de forma meio aleatória, mas nada que possa incomodar a ponto de tirar da série. Mas em geral, a série entrega boas cenas de ação, com muitos tiros e explosões, mantendo a qualidade que sempre foi marca da série. Sem estragar com spoilers, quero destacar duas cenas com grandes momentos de ação: a primeira é a luta de Bogotá e Gandia, além dela ser necessária pela tentativa de honrar a morte da companheira, a cena tem uma mensagem impactante em seu desenvolvimento; a segunda cena é o confronto entre as tropas especiais do exército e o grupo de ladrões, aqui vemos o time do professor enfrentar seu maior desafio, o confronto é intenso e frenético e resultará no que pode ser a maior reviravolta da série, portanto, prepare-se!

Boas cenas de ação, um roteiro que conseguiu se sair bem e o amadurecimentos dos personagens é a combinação que La Casa de Papel nos entrega nesta primeira parte. Admito que comecei a ver com receio apos uma perda de qualidade nas temporadas anteriores, mas nessa consegui me surpreender de novo com as reviravoltas bem executadas. Se a segunda parte der continuidade na qualidade que vemos aqui, teremos um desfecho digno para o grupo e que pode deixar a série entre aquelas que souberam a hora certa de dar tchau. Aguardo pelo desfecho e as surpresas que trazer. Se você estava com dúvidas, recomendo assisitr, pois existe a chance de te surpreender.

https://www.youtube.com/watch?v=pK1cWze6ozY

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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