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Crítica: My Hero Academia – 5ª temporada – ★★★★★ (2021)

(Esse texto contém Spoilers da 5ª temporada de My Hero Academia)

Nesse último fim de semana, no dia 25 de setembro, foi ao ar o último episódio da quinta temporada de My Hero Academia, franquia que também anunciou que a nova temporada já está em desenvolvimento.

Para quem não está familiarizado, faço um breve relato aqui desse que é um dos grandes animes da atual geração.

Boku no Hero Academia conta a história de Izuku Midorya, um adolescente sem poderes que vive em uma sociedade em que a ampla maioria dos habitantes tem algum tipo de habilidade, o que eles chamam de “Individualidade”. Com isso, há o surgimento de heróis, pessoas que utilizam as suas individualidades para ajudar os outros. O plot da trama, como é anunciado no primeiro capítulo do anime, é de como Izuku se torna o maior herói de todos. Além disso, como o próprio nome sugere, a história conta, em boa parte, o treinamento de aspirantes a heróis e as dificuldades que eles enfrentam.

Na atual temporada, a história de My Hero Academia englobou 2 arcos do mangá, o do Treinamento entre a turma de Izuku e a turma B (que seria a outra turma do 1º ano da escola) e a história sobre e família Todoroki, contando um pouco mais sobre a vida do atual herói número 1, Endeavor, isso juntamente com treinamento do personagem principal e dois de seus amigos.

A primeira parte da animação conseguiu reproduzir, com muita maestria o combate entre os alunos, isso no sentido da própria animação, da emoção, da comédia e também da trilha sonora. Detalhe importante também foi a diversidade das Individualidades apresentadas, evidenciando que para ser forte o personagem não necessariamente precisa apenas de uma superforça ou ter um poder elemental muito forte, como é o caso de Shouto Todoroki, que usa gelo e fogo.

Juntamente com isso, um dos grandes destaques fica na inclusão de onomatopeias ao longo das lutas, o que dá um tom muito mais cartunesco para as lutas.

(Reprodução)

Para aqueles que acompanharam o mangá, o arco do Treinamento reproduziu muito fielmente as lutas, mostrando não só a força dos alunos da Turma A, que são os personagens principais do anime, mas também mostrou a força da Turma B e como eles evoluíram, paralelamente ao longo da história.

Também é importante ressaltar como essa evolução reflete no combate dos alunos, como cada um se adaptou após todas as dificuldades enfrentadas ao longo do primeiro ano da escola. Aqui, podemos citar a forma como Bakugo encontrou para lutar ao lado de seus amigos, como Tokoyami aprendeu a controlar a Dark Shadow e como Uraraka, após ter perdido para Bakugo no Arco do Torneio Escolar, aprende a lutar, ajudando assim aqueles que estão ao seu lado.

Nesse sentido, é importante ressaltar, também, a volta de Shinso, que apareceu anteriormente no Arco do Torneio. A evolução desse personagem é uma incógnita até para quem lê o mangá, porém é muito interessante a história por trás do personagem. A individualidade dele, “Lavagem Cerebral”, é classificada por muitos como um poder de um vilão. Shinso, ao contrário, quer usar o seu poder para ajudar as pessoas. Então, é muito legal ver o desenvolvimento dele ao longo do arco e como ele tem se esforçado para acompanhar os seus colegas da Turma A e da Turma B. 

Outra situação que merece um grande destaque é o momento em que Izuku descobre que o One For All também é uma individualidade que tem, consigo, outros poderes. Isso, por óbvio, é algo de grande relevância na história pois evidencia um dos mecanismos que Deku terá para enfrentar o seu nêmesis, o vilão Tomura Shigaraki.

A cena do despertar do Chicote Negro e a introdução do universo interno do One For All, na opinião desse que vos escreve, foi sensacional. Uma cena memorável.

Está aí a cena para aqueles que quiserem apreciar:

https://www.youtube.com/watch?v=I6Erf6I7_F0

(Reprodução)

Com o fim do treinamento entre as turmas, os alunos partem para os estágios de fim de ano para treinarem mais ainda. Após a queda de All Might, a Agência de Segurança Pública do anime começa a exigir mais treinamento dos aspirantes a heróis. Com isso, Midorya, Bakugo e Todoroki vão para a Agência de Heróis de Endeavor, o herói nº 1.

O grande destaque nessa parte da história, que teve sua cronologia alterada em relação ao Arco dos Vilões, é a humanização e os pecados que um herói pode cometer. Isso porque o arco explora a forma como Endeavor tratava os seus filhos. Na história, é mostrado que Natsu, que também é irmão de Shouto, não perdoa seu pai pelo que fez com o primogênito da família, Touya. Essa informação, de certo modo, confirma uma parte da teoria dos fãs a respeito de um certo personagem da franquia.

A história da família Todoroki é muito importante como um demonstrativo de um herói que busca a redenção dos erros que cometeu no passado, os pecados de ter maltratado a sua família e agir sem pensar no bem estar daqueles que estão a sua volta. Dessa forma, a trama acerta em cheio em passar as mensagens trazidas no mangá, evidenciando a impotência de Endeavor com a situação de ser odiado por um de seus filhos, a dificuldade de uma redenção e também como o perdão é algo muito difícil, para aquele que já sofreu um grande mal. Aqui também é trazido o dilema do patriarca que foca apenas no trabalho, deixando a sua família de lado. Dessa forma, My Hero Academia trabalha, com muita precisão, a redenção do personagem.

Outro destaque importante na temporada, como um todo, é um maior tempo de tela para o herói nº 2, Hawks. Esse é um dos heróis mais queridos no Japão e também para os fãs da obra. Esse carinho todo decorre do fato de Hawks ser um herói descolado, que pretende criar uma sociedade em que os heróis possam descansar, curtir um pouco a vida. É por esse motivo que ele se infiltra no grupo dos vilões para juntar informações para que Shigaraki seja derrotado.

Após o Arco da Família Todoroki, que também mostra o treinamento dos três principais alunos da turma A com o herói número 1, a temporada apresenta a visita de Aizawa e Mic ao Tartarus para conversar com um dos lacaios da Liga dos Vilões. É aqui, provavelmente que a temporada fica mais pesada, em termos de emoção. O desenvolvimento da conversa entre os três não só tem efeito prático na história, mas também mostra algo que esquecemos sobre heróis: que eles também sofrem e que também já perderam alguém que amavam.

My Hero Academia Reveals Kurogiri's Tragic Origin - News Concerns

(Reprodução)

No 5º ano da série, havia uma grande expectativa de como os roteiristas trariam para o público importes acontecimentos do mangá, situações essas que terão um grande impacto na trama, a partir da próxima temporada.

Em relação a essa última informação, é necessário aos fãs que não leem o mangá que se atentem a conversa mostrada entre Arizawa e All Might, exibida no último episódio da temporada, e a conversa entre esse último, Deku e Bakugo, que debatem sobre os antigos portadores do One For All.

Portanto, a animação traz, com muita precisão, um mix entre ação, emoção e comédia, mantendo o padrão das últimas temporadas, não incorrendo em erros técnicos gritantes como a luta de slide do LeMillion, ocorrida na 4ª Temporada.

Com o fim de mais um ano, só nos resta uma coisa… Esperar para a guerra entre os nossos amados heróis e a Frente de Libertação Sobrenatural. Garanto que a próxima temporada, se mantido o nível da animação, será memorável para todos que acompanham a série.

Vá além! Plus Ultra!

 

 

Sobre Felipe Costa

Aspirante a Power Ranger Vermelho, jogador de Fate Grand Order e Advogado, quando a responsabilidade bate. Também participo do podcast Apenas um Papo

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