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Crítica: Locke and Key: 2ª Temporada – ★★★★☆ (2021)

(Reprodução)

Locke & Key, série de fantasia desenvolvida pela Netflix e baseada em uma HQ de Joe Hill e Gabriel Rodriguez, teve sua 2ª temporada lançada há alguns dias na plataforma. Com um final que deixou muitos intrigados, a nova temporada vem com a missão de encaixar as chaves nas fechaduras e nos apresentar mais desse universo mágico e incrível da Key House. A qualidade foi mantida, os efeitos continuam satisfatórios e a narrativa consegue nos prender ao mesmo tempo que nos deixa intrigados com as diversas possibilidades deste universo.

Com o final da primeira temporada com cara de vitória para os Locke, que acreditavam ter derrotado Dodge a jogando para dentro da porta dos demônios, a nova temporada segue exatamente deste ponto. Mas como sabemos, Dodge não morreu, e ainda assumiu forma de Gabe para tentar manipular os Lockes, principalmente Kinsey, para conseguir as chaves mágicas. Nessa temporada teremos uma corrida em busca de novas chaves, além de sermos apresentados a possibilidade de forja de novas chaves, que achei muito maneiro. Vemos Dodge cada vez mais impaciente para conseguir forjar uma chave misteriosa para atingir seus objetivos sombrios. O desenvolvimento da narrativa nessa temporada foi bom e com poucos momentos de entrave, conseguindo manter o padrão de mistério da primeira parte. O maior momento da história, para mim (sem dar spoilers), foi quando os jovens decidem ajudar seu Tio Duncan a recuperar de vez suas memórias, tentando burlar aquela condição dos adultos esquecerem da mágica, e claro que isso vai envolver uma chave mágica misteriosa, mas não vou seguir com os detalhes. Outro grande destaque que quero citar é o desenvolvimento da história de origem da família Locke, onde somos apresentados aos antepassados dos jovens e sua ligação com a misteriosa magia que envolve as chaves, e também aprendemos mais sobre o ferro sussurrante e sua origem, uma parte muito interessante da temporada. As forjas das chaves foram momentos que me impressionaram bastante, com grande carga emocional em suas cenas, principalmente na forja realizada por Duncan.

Com uma história envolvente, ficou nas mãos do elenco repetir as boas atuações nesta segunda parte. E a tarefa foi cumprida, o elenco entregou boas atuações e interagiu bem com os novos momentos da história, em que os personagens foram mais explorados e vimos mais de suas personalidades. Também tivemos novos personagens somando na série, e mesmo com aquele receio do novo, achei que conseguiram se encaixar muito bem na narrativa e criar um clima interessante para a história. O professor de história, com sua filha, conseguem nos deixar intrigados com suas intenções ao se aproximarem da família Locke, principalmente quando somos apresentado a uma versão miniatura da Locke House, que nos faz questionar os motivos para ele ter um objeto como esse. Vemos a relação do grupo Savini, que passa por algumas turbulências no início, embora o grupo não tenha tido um grande foco nessa segunda parte. A família Locke nessa temporada teve um maior desenvolvimento, explorando melhor as origens e sua conexão com as chaves mágicas. O vilão também teve um bom desenvolvimento, apresentando suas intenções sombrias com as chaves.

Como a série possui muitas características mágicas, é natural esperarmos grandes efeitos visuais, como foi na primeira temporada. Nesta segunda parte não é diferente, temos grandes efeitos e até mesmo uma grande cena de luta no final da temporada. Um dos efeitos mais interessantes que achei desta temproada foi a miniatura da Locke House, que quando ativada pela chave, permite interferir de forma concreta na Locke House real. Um exemplo disso é quando os jovens decidem introduzir um urso de goma na miniatura da Locke House, para que ele ficasse gigante na casa real. A cena é muito engraçada, e a maneira como essa inusitada magia será usada na temporada é bem divertido e nos rende uma boa cena, com Bode, uma criança, mostrando o dedo do meio. Mas não é só nos efeitos que a série brilhou, quero destacar aqui a música Youth de Daughter, que encaixou brilhantemente com o momento da temporada, que nos remete as possibilidades da juventude e sua essência atemporal.

A segunda temporada de Locke & Key chega com tanta força quanto a primeira e entrega um resultado mais que satisfatório, com uma narrativa envolvente e cheia de mistérios, que nos deixa questionando a todo momento, atuações plausíveis e bem encaixadas com os momentos e efeitos visuais bem dosados, a segunda parte impressiona e nos deixa intrigados com mais desse mundo incrível de fantasia. Se você viu a primeira temporada, mas não se sentiu tão animado com a segunda, saiba que a série vai valer o seu tempo. A segunda temporada conta também com 10 episódios e quando terminar, você vai ficar com aquele gostinho de quero mais.

https://www.youtube.com/watch?v=sMy0vuWz8DQ

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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