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Crítica: DC’s Stargirl: Summer School 2ª Temporada – ★★★★★ (2021)

(Reprodução)

O novo ano de Stargirl, entitulado Escola de Verão, não só prova que a série tem um potencial gigantesco, como também explora mais deste, até então desconhecido, universo de heróis da DC de forma original e intrigante. Na nova temporada seguimos as aventuras da nova Sociedade da Justiça da América, que após derrotarem os vilões da Sociedade da Injustiça, seguem tendo de lidar com as consequências de suas escolhas. Veremos o drama pessoal dos personagens serem desenvolvidos e a chegada de um novo e terrível vilão: Eclipso. O arco teve grandes momentos de ação e drama encerrando de forma deslumbrante, principalmente levando em consideração o fato de ser uma série de TV.

Mas antes de falar das minhas impressões sobre a trama, quero comentar o desenvolvimento dos personagens nesta temporada, que foi bem executado. Logo de início somos jogados no drama dos heróis enfrentando as consequências de suas ações na temporada anterior, como o caso de Yolanda, a Pantera, que no último confronto tirou a vida do vilão Onda Mental. Já no lado dos vilões, vemos Cindy em seus esforços para reunir os novos membros da Sociedade da Injustiça e assim enfrentar a Stargirl. E na luta entre SJA e a SIA, quando achávamos que nada poderia ficar pior, vemos surgir o temido vilão Eclipso, que rapidamente encerra o confronto, dando uma amostra de seu grandioso poder. A partir dai tudo muda e vemos a série ganhar uma sensação de urgência, que foi muito bem representada pelo roteiro. O elenco está incrível, embora Yolanda ainda tenha dificuldade em me cativar, o contrário de Mike, que apresenta um salto de interpretação nessa temporada e consegue entregar um personagem menos entediante e forçado, que encontra uma caneta com os poderes de invocar Relâmpago, passando a ter uma presença mais recorrente na SJA. Também somos apresentados a novos personagens, como a filha do Lanterna Verde, Doutor Meia-Noite e o Starman, que teve sua aparição sugerida na temporada anterior. No lado dos vilões também conhecemos Sombra, um personagem muito carismático, que rouba a cena quando aparece. Seus poderes e origens forma bem explorados no pouco tempo que teve, tornando o personagem muito interessante. E embora a SIA tenha se desfeito rapidamente após a investida do Eclipso, fica claro que haverá mais do icônico grupo de vilões na série.

A trama da segunda temporada de Stargirl é um ponto alto da série, que conseguiu desenvolver tudo que precisava, sem deixar grandes pontas soltas. Logo de início acompanhamos os heróis tendo de conviver com as consequências de seus atos. Courtney não consegue conter sua empolgação em combater o crime e mantém o grupo em rondas constantes na cidade, a fim de encontrar um momento para agir. Já Rick, que ao invés de se vingar e matar Grundy, deixou que fugisse e após os eventos, passou a criar um certo tipo de laço com a criatura. Yolanda está cada dia mais afetada pela morte do Onda Mental, a heroína passa a ser consumida pela culpa. Beth também não está melhor que seus parceiros, em casa ela tem de enfrentar a separação de seus pais e a possibilidade de Chuck, os óculos do Dr. Meia-Noite, não voltar a funcionar. E enquanto os heróis estão passando cada um por seus problemas, Cindy começa a reunir os próximos membros da SIA com a ajuda de um cristal negro misterioso. Mais tarde descobrimos que o cristal abriga uma entidade chamada Eclipso, que aproveita o confronto entre a SJA e a SIA para se libertar e assim consumir o mundo com a escuridão. Aqui a série ganha um rumo um tanto quanto sombrio, vemos Eclipso utilizar as sombras para despertar os maiores medos de cada herói, consumindo-os, um a um. Com a SJA se desfazendo, Courtney precisa provar mais do que nunca o verdadeiro poder da Stargirl, reunir seus amigos e lutar contra a terrível ameaça. A trama dessa temporada no geral é impressionante, realmente, com poucos momentos que a narrativa deixa a desejar. 

Os efeitos visuais de Stargirl me surpreenderam demais nessa temporada. Já no começo temos uma luta emocionante entre Courtney e a filha do Lanterna Verde, que contou com ótimos efeitos e uma coreografia incrível. Eu vi algumas cenas de bastidores da série e pude perceber que eles se esforçam em entregar uma boa coreografia, com uma grande sensação de ação. E isso também fica bem notável na embate entre SJA e SIA, que além de também contar com bons efeitos e a aparição do grnade vilão, possui uma ótima sequência de luta. Um outro destaque nos efeitos que quero mencionar é o Relâmpago, suas cenas tem um humor interessante e o cgi está bem bacana. Mas o grande momento que realmente me impressionou pela grandeza foi o último episódio, que não darei nenhum spoiler, mas apenas mencionarei que espere por algo grande e impactante, principalmente levando em consideração o fato de ser uma série de TV. A sequência é incrível, todos os personagens terão seu momento de brilhar em cenas muito bem elaboradas. Mas não poderíamos esperar nada inferior após sermos apresentados a esse grande vilão, com um poder impressionante, além de um confronto final realmente épico.

DC’s Stargirl é sem dúvida uma das minhas maiores surpresas da DC nos últimos tempos, ao lado de Superman & Lois. A série tem um potencial latente e um universo incrivel para ser explorado. As escolhas do roteiro estão sendo extremamente certeiras e as escolhas tomadas levam a série para um patamar elevado com relação as várias séries de super-heróis que existem. Mas sou suspeito para falar, estou achando a série extremamente fascinante e ansioso por mais episódios. Recomendo fortemente Stargirl, principalmente se está cansado de histórias de super-herói megalomaníacas e extravagantes. A segunda e a primeira temporada estão disponíveis na HBO Max e possuem 13 espisódios de 45 minutos.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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