Crítica: Pânico 5 – ★☆☆☆☆ (2022)

Com a notícia de mais um filme da franquia Pânico a caminho, no começo fiquei bem animado, ainda mais com o hype que estava sendo criado antes e depois do lançamento. Sem contar que o longa ultrapassou a aclamada sequência da Marvel, Homem-Aranha 3: Sem Volta Para Casa, nas bilheterias, o que ajudou a criar certa expectativa. Tomar a decisão de assisitr esse filme era questão de tempo, e ai, após assisti-lo, fiquei extremamente decepcionado com o resultado. A experiência é sofrível, todos os elementos estão datados e pior do que isso, tudo é feito de forma esdrúxula, se entregando para uma auto-humilhação a fim de esconder a falta de sentido de todas as decisões tomadas no filme.

A história de Pânico 5 se passa 25 anos após o primeiro massacre de Woodsboro, e começa com Tara Carpenter sendo atacada e esfaqueada pelo Ghostface, obrigando sua irmã Sam a retornar para a cidade, junto de seu parceiro Rich Kirsch. Com a ameaça iminente na cidade, os jovens resolvem se reunir para tentar prever o próximo ataque do assassino. Antigos personagens da franquia obviamente seriam resgatados, na tentativa de fazer tudo funcionar. O primeiro a se juntar a eles é Dewey Riley , mais tarde Sidney Prescott e Gale Weathers. A tentativa de unir os antigos personagens com um grupo novo de jovens é entediante, não funcionando em nenhum momento, principalmente quando um dos jovens organiza uma reunião na sala de sua casa para discutir quem poderia ser o assassino, uma cena um tanto quando sofrível. De forma geral, a história seguirá da maneira já conhecida da franquia, Ghostface fazendo uma trilha de vítimas até chegar em seu objetivo final equanto os personagens tentam impedi-lo, nenhuma novidade aqui.

Com um roteiro um tanto quanto forçado, era normal que os personagens fossem relativamente ruins também, porém, não tanto. As atuações estão ruins, sem nenhum destaque, a sensação que passa é que todos estão entediados ao fazer as cenas. Mesmo com os atores já experientes, não foi suficiente para carregar o restante do elenco. As interações entre os personagens foram um tanto quanto mal feitas, passando uma impressão de superficialidade, e até mesmo de algo feito de qualquer jeito. As cenas em que há interações com o Ghostface também são ruins, tanto as de conversa no telefone, quanto das perseguições e mortes.

Um filme slasher deve contar com cenas marcantes de mortes, principalmente em uma franquia que sempre se destacou por essa característica, mas em Pânico 5 temos péssimas sequências de ação, que chegam a ser uma ofensa para quem curte o gênero. Tudo no roteiro funciona de forma extremamente conveniente para que o assassino surja nos momentos mais do que rídiculos para realizar as mortes. Minha intenção não é estragar ainda mais a sua experiência com o filme dando spoilers, mas digo que a sequência do hospital é uma das piores coisas já feitas no gênero slasher, um verdadeiro desserviço. A super conveniência do roteiro para que tudo aconteça torna as cenas altamente enfadonhas e sem sentido, muito superficiais.

Pois é, expectativa criada, decepção na certa. Pânico 5 é um filme que talvez fosse melhor não existir, uma verdadeira perda de tempo. Nada no filme funciona, tudo é medíocre e esdrúxulo. O filme implora desesperadamente por atenção e utiliza todos os meios viáveis para isso, mas ainda assim, não passa de uma tentativa frustrada de resgatar a icônica franquia. Mas tudo bem, bola para frente, vamos aguardar pela sequência. Pânico 5 está em exibição nos cinemas brasileiros e tem 1h50 de duração.

https://www.youtube.com/watch?v=Kglg6MG0jrA