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Crítica: Ozark (4ª temporada – Parte 1): ★★★★★ (2022)

Foi lançada em janeiro de 2022 a primeira metade da temporada final da aclamada série de drama Ozark. A história começa momentos após o final da temporada anterior, mostrando as consequências das atitudes do Cartel, enquanto os personagens principais estão no México.

Para quem não conhece, Ozark é uma série de drama que conta a história dos Byrd, uma família em que o patriarca, Marty (Jason Bateman), lava dinheiro para um cartel mexicano, isso na região dos lagos Ozark, nos Estados Unidos. Com base nessa premissa, outras tantas histórias são contadas, variando desde a história de agentes do FBI até a criação de um cassino. Em razão disso, a trama lembra muito aquela apresentada em Breaking Bad, pois mostra pessoas comuns que se envolvem com a criminalidade, isso em troca de muito dinheiro.

(reprodução)

Para mim, a grande diferença entre as séries é a forma como os núcleos de personagens é trabalhado. Em Breaking Bad há um enorme destaque para as tramas de Walter e Jessie, havendo também tramas paralelas relacionadas a essas. Já em Ozark, o núcleo é mais dividido, existindo o núcleo de Marty, de sua esposa Wendie, de seus filhos, de Ruth Langmore, ajudante de Marty no início da trama, e de outros habitantes dos lagos.

Essa nova temporada é, possivelmente, a melhor parte dessa ótima série, isso porque as histórias começam a se fechar, mostrando aos espectadores o desfecho que cada personagem terá.

Além desse fator anteriormente citado, essa metade de temporada ganha muito destaque em razão das grandes atuações dos personagens. São dignas de nota, em especial, as atuações femininas, principalmente de Julia Garner, no papel de Ruth, de Laura Linney, no papel de Wendy, e de Lisa Emery, no papel de Darlene Snell.

(Ozark. Julia Garner as Ruth Langmore in episode 402 of Ozark. Cr. Courtesy of Netflix © 2022)

A forma como esse grupo de atrizes age durante a temporada realmente é um dos elementos que torna a história tão boa, porque as emoções e os dramas pessoais delas são relatados de maneira muito realista, fazendo o telespectador sentir as angústias das personagens. Aqui, é válido dizer também que essa é uma das grandes diferenças para o Breaking Bad, que dá um grande destaque para Walter e para Jessie, não havendo um núcleo grande e com destaque para personagens femininas.

Juntamente com esse grupo de mulheres importantes, a história de Ozark recebe também dois novos nomes, um conhecido do público brasileiro e outro nem tanto. No início dessa temporada é apresentado o sobrinho do chefe do Cartel, o chamado Javi Elizonndro, interpretado pelo eterno Rebelde Miguel (Afonso Herrera). Esse personagem também merece todos os elogios, porque é tão bem interpretado que você fica até com raiva. Javi mostra como uma pessoa com poder pode (ou acha que pode) fazer tudo o que quiser. Ele é um elemento que acrescenta muito para o núcleo de história relacionado ao Cartel. O outro personagem novo é o investigador particular Mel Sattem (Adam Rothenberg), que aparece com o objetivo de conseguir a assinatura de um dos personagens e acaba se envolvendo nas demais tramas da história.

(reprodução)

É por todos esses motivos, juntamente com uma ótima direção de imagem e som, que essa meia-temporada de Ozark merece todos os destaques e que a torna a melhor parte da história até agora. As subtramas se desenvolvem muito bem e dão um ótimo ritmo para a temporada.

Por fim, há uma grande diversidade de histórias contadas internamente na trama. Há o núcleo do cartel, ligado especificamente à lavagem de dinheiro, o núcleo familiar, mostrando muito bem que a vida de pessoas ligadas ao crime organizado não é fácil, e outros núcleos específicos, como a história dos agentes do FBI ligados aos personagens, as histórias de máfias, os personagens envolvidos com a política e afins.

É por isso que a Netflix acertou em cheio em todos os elementos dessa história, restando agora a ansiedade para ver como será o real final dessa maravilhosa história. Resumindo, garanto que aquele que começar a acompanhar a série não se arrependerá.

 

 

 

Sobre Felipe Costa

Aspirante a Power Ranger Vermelho, jogador de Fate Grand Order e Advogado, quando a responsabilidade bate. Também participo do podcast Apenas um Papo

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