Com a nítida mudança de tom e a, duvidosa, mudança em alguns personagens, Euphoria consagra seu segundo ano com um final magistroso e feliz (para alguns, pelo menos).
Diferente de algumas tendências atuais, a segunda temporada de Euphoria é necessária, mas não para responder um cliffhanger ou algo do tipo, mas sim para continua a contar a história de Rue e dos outros personagens. Dessa vez, com momentos dedicados para outros personagens e que valem o tempo de tela, como o episódio dedicado ao Cal (Eric Dane) que, além de responder algumas questões sobre o personagem, serve como âncora para uma boa parte das histórias da temporada.
O que para muita gente foi exagerado, como as cenas de sexo ou o consumo de droga, foi reduzido para um nível que aproxima mais de um elemento narrativo do que um elemento visual, deixando a série com espaço para contar história e não, apenas mostrar nudez ou consumo de drogas, como foi na primeira temporada. isso pode ser bom para quem é mais “puritano” ou se incomoda com esse tipo de conteúdo, ainda mais quando o episódio perde tempo com esse tipo de cena.
Outra mudança que pode, ou não, agradar o público foi a falta de destaque e/ou sumiço de personagens. Neste caso a pesonagem Kat (Barbie Ferreira) foi muito afetada, já que sua única aparição de destaque foi sendo uma babaca coms eu namorado. Papel que pode ser entendido como uma retaliação do diretor, já que a atriz se queixava com os rumos da personagem.
O grande destaque da temporada vai, novamente, para Zendaya que entrega tudo em alguns momentos de discussão e recaídas. Mesmo Zendaya não sendo o centro das atenções na temporada, sua aparição é fantástica, o contraste do rosto jovem com os traumas que a personagem carrega são entregues com maestria. Outra atriz que se destacou foi Sydney Sweeney, a Cassie, que ganha uma reviravolta dentro da série, deixando de ser a atriz da nudez desnecssária para entregar uma personagem dramática e cheia de camadas.
A segunda temporada de Euphoria é um dos melhores dramas de 2022, mesmo o ano ainda estando no começo. Cada personagem ganha um tempo de tela que resulta em um bom desenvolvimento, nada de discussões ou dramalhões sem necessidade. Sam Levinson aproveitou cada minuto do episódio, seja para expor diálogos ou para compor belas cenas com iluminações e ângulos que favoreciam a história ou os personagens.
Euphoria é uma série original HBO-Max.