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Crítica: Ruptura – 1° temporada ★★★★★ (2022)

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Ruptura é uma dessas séries que passam despercebidas, mas que compensa cada minuto. A série original Apple TV+, apresenta um futuro distópico onde funcionários são submetidos a um procedimento cirurgíco para separar sua personalidade em duas, uma para a vida fora do trabalho e outra para o trabalho.

Ruptura surpreende não só pela simplicidade dos episódios em questão estétitca, não há um cenário extravagante ou coisa do tipo, mas surpreende pelo desenrolar do enredo, algo que está em fala nas séries atuais. Se os cenários, tocante a parte visual, é simples, o elenco não, temos Adam Scott, Britt Lower, Patricia Arquette, John Turturro e Christopher Walken, todos com ótimas atuações que vão de momentos tensos à paixões emergentes.

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Fora os grandes nomes na atuação, a série tem a direção de Ben Stiller, o que é surpreendente, já que o ator é uma espércie de “Adam Sandler com bom-senso” em seus filmes, aqui, ele entrega questões morais sobre o trabalho e sobre como o trabalho afeta nossas vidas e as divide.

Ruptura começa com uma cena chocante, Mark (Adam Scott), está chorando em seu carro, antes de entrar no trabalho, depois disso acompanhamos a rotina de acesso à área de trabalho e a mudança de personalidade, que vai de um rapaz depressivo para um empregado animado. Nos episódios seguintes acompanhamos outros personagens e seus “interiores” (como são chamadas as personalidades que só existem no trabalho). Cada personagem carrega um background que só tem peso no último episódio, mas acompanhar o cotidiano dos “interiores” e depois ver como eles são fora da empresa faz do último episódio um episódio fantástico. 

Nessa aventura, o espectador é jogado num mar de expectativas, se perguntando como vais er se a personalidade do trabalho sair do trabalho, ou se o procedimento de ruptura falhar. Alguns questionamentos a série entrega aos poucos, fazendo valer a pena cada episódio. E como se isso não fosse suficiente, a empresa Lumen, é rodeada por mistério, como o trabalho dos personagens que não faz sentido, mas deve ser mantido em segredo – por isso o procedimento de ruptura nos funcionários.

Ruptura é uma série que deve ser vista e debatida, ainda mais em tempos de esgotamento pessoal devido ao trabalho, principalmente depois de quase dois anos pandemia, onde muita gente trabalhou remotamente de casa, misturando vida pessoal e profissional. 

Ruptura é uma ótima pedida para quem quer fugir das séries enlatadas da Netflix, com uma direção bem feita e ótimas atuações, bem como uma trama que sabe quando deve entregar e quando deve esconder os fatos. A série está disponível no streaming Apple TV+.

Sobre Dan Claudino

Professor de História, aspirante a podcaster e escritor. Viciado em cultura cyberpunk e jogos de ação.

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