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Crítica: Heartstopper – 1ª temporada ★★★★★ (2022)

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Fugindo dos clichês LGBT’s, Heartstopper, entrega um romance simples na sua superfície, mas recheado em sua essência. Em oito episódios, acompanhamos os jovens em auto-conhecimento e em conflitos que muitos de nós já se esqueceram.

Heartstopper é baseado em uma HQ escrita por Alice Oseman, que retrata os dramas da juventude, como amizade, romances e mudanças, sempre com uma perspectiva LGBT. Na série, temos Kit Connor, como Nick e Joe Locke, como Charlie; e acompanhamos o relacionamento dos dois surgindo, em meio ao preconceito e as piadas dos “colegas” de Nick. A premissa é básica, sem anda em especial, entertanto, a simplicidade da premissa é exatamente o que falta no audiovisual. Personagens sem muitos traumas, como Euphoria, ou sem tanto problema social, como em Elite, aqui os personagens são jovens que se aproximam de qualquer outro jovem que conhecemos.

O ponto forte da série é retratar relacionamentos homoafetivos sem criar momentos em que o discurso militante ou radical se sobressaia ao enredo. Quase todos os momentos em que a homossexualidade de alguém é sinal de confronto, a série trata isso de maneira a abrir espaço para o debate, mas de modo a ser um debate convidativo para todos os espectadores.

Com momentos convidativos ao debate e uma história sobre descobertas, fazem de Heartstopper uma séria que não serve para todo mundo, os episódios são poucos movimentados, então os fãs de Elite ou Euphoria, podem estranhar a série, devido ao ritmo cadênciado. Por outro lado, Heartstopper é uma série acolhedora para quem só quer um programa sem muito caos e com acontecimentos fofos, tranquilos e acolhedores.

Poucas séries atuais arriscam em não ousar, esse é o caso de Heartstopper, uma série leve, com boas reflexões e personagens carismáticos. A série é parte do catálogo da Netflix.

Sobre Dan Claudino

Professor de História, aspirante a podcaster e escritor. Viciado em cultura cyberpunk e jogos de ação.

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