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Crítica: Stranger Things – 4ª Temporada Parte 1 ★★★★☆ (2022)

(Reprodução)

Após uma longa espera, finalmente a Netflix liberou a primeira parte da 4ª temporada de Bagulhos Estranhos, ou Stranger Things se preferir. A quarta temporada era loucamente aguardada pelos fãs, que ficaram a ver navios com o final eletrizante da terceira temporada. E não teria como ser diferente do que o esperado, a temporada começa de forma a nos deixar sem fôlego, contruíndo uma pilha gigante de eventos que ocorrem de formas separadas, mas ao longo de seu desdobramento, se encontram de forma triunfal, e esse é o maior dos acertos dessa primeira parte.

A forma como os episódios são conduzidos, explorando ao máximos as características antigas e novas de cada personagem com tranquilidade, faz com que a reconexão com a trama e os acontecimetnos aconteça de forma leve e orgânica. No começo somos apresentados a todos os elementos referenciais que deram vida a essa produção maravilhosa dos irmãos Duffer.

A história de Stranger Things não segue exatamente de onde parou a temporada anterior, até pelo detalhe de que alguns anos se passaram e houve o atraso da gravação devido a pandemia de Covid-19. Leva um pouco de tempo até que a gente se situe na trama de forma a se sentir confortável com essa diferença tremenda no tempo que separa as temporadas, mas a forma como acontece é bem natural. O roteiro soube conduzir muito bem essa estranheza do tempo e fez valer a pena o primeiro episódio, desenvolvendo bem os novos elementos e reapresentando os antigos de forma a nos manter intrigados com essa nova parte da jornada em Hawkins.

O principal ponto positivo dessa nova temporada é a maneira genial com a qual o roteiro interliga os acontecimentos da primeira parte. No início as coisas se parecem distantes e causam certa confusão, porém, a medida que o roteiro vai sendo mais desenvolvido, vamos percebendo que tudo está ligado de certa forma,. A sensação de conexão entre os eventos dessa primeira parte é extremamente satisfatória.

As atuações são marcadas pelo crescimento dos nossos queridos astros da série. Todos estão mais velhos e já não são mais aquelas crianças que nos fizeram apaixonar pela primeira vez pelos casos misteriosos de Hawkins. Mesmo assim, eles continuam nos fazendo reviver esse amor por essa estranha cidade e seus eventos. O nosso quarteto amado de nerds segue com as atuações impecáveis e extremamente carismáticas, capazes de nos encantar com sua performance leve e natural. Cada um dos personagens tem um desenvolvimento para essa nova fase de suas vidas, que ficou muito bem representado, combinando com o estilo já consolidado da série.

Millie Bobby Brown, a nossa querida Onze, está fantástica como sempre, tendo de lidar com as dificuldades de reviver um passado sombrio do qual não se recorda, para poder voltar a ser a heroína do grupo. A personagem de Millie continua intensa e imersiva, com uma performance mais do que notável. Quem também merece um destaque é a personagem de Sadie Sink, Max Mayfield. A atriz entregou tudo nessa primeira parte e o resultado não poderia ser melhor. Aliada a um roteiro muito bem escrito e que soube conduzir os acontecimentos, a atuação de Sink torna ainda mais incrível a participação da personagem.

Outro elemento notável dessa primeira parte é a quantidade e qualidade de efeitos gráficos, ou CGI, ao longo dos episódios. É óbvio que a Netflix apostou alto na qualidade visual da série, que não deixou nada a desejar, pelo contrário, entregou muito mais do que o esperado. As atuações nos momentos de CGI são naturais e criam uma conexão perfeita com as cenas. Fora o inimigo implacável dessa temporada, Vecna, que foi feito com maquiagem realista de forma fantástica. O vilão é, sem sombra de dúvidas, o mais sinistro da série. Podemos até dizer que Vecna é o último chefe digno dessa aventura incrível.

A direção da série também acerta nos cortes e nas formas de conduzir os diálogos e cenas de ação. Tudo está muito bem construído, mostrando um zelo tremendo da produção. Claramente tudo foi elaborado para deixar essa temporada a mais impactante e o mais impressionante possível para os fãs de Stranger Things e, como fã, fico contente em dizer que deu tudo certo. O resultado final é impressioante, em todos os elementos da composição.

A primeira parte da 4ª temporada de Stranger Things é sem dúvidas o auge da série, compilando tudo de melhor que a série trouxe e construíndo uma trama madura e intrigante, que nos mantém presos mesmo com a longa duração dos episódios. A história da série segue o seu melhor desdobramento, com enventos que ocorrem de formas separadas, mas que terminam por se concectar de forma incrivelmente agradável no final. Na parte das atuações também temos um dos melhores resultados, os atores não só cresceram, como também amadureceram e conseguiram trazer seus personagens de forma ainda mais interessante do que antes. E no quesito visual, não deixa nada a desejar, pelo contrário, super todas as expectativas.

A primeira parte da 4ª temporada de Stranger Things está disponível na Netflix, enquanto a segunda parte chega em julho.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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