O segundo episódio de Falcão e Soldado Invernal foi bem mais focado na apresentação do novo Capitão América, logo no começo vemos como John Walker é humano e sentimental, diversos momentos mostra ele relutando em ser o novo Capitão, afinal com grandes poderes, vem grandes expectativas – parafraseando o Tio Ben.
John Walker é um herói de guerra, cheio de habilidades sobre-humanas, mas ele é humano – por enquanto. Acumulando algumas medalhas de guerra, John Walker é transformado em propaganda (assim como foi com o Capitão no primeiro filme), a presença do novo herói é, por vezes, apenas midiática. Entretanto, ele não deixa desejar nas cenas de ação – veremos mais a frente.
Até metade do episódio, sentimos um mix de empatia e rejeição pelo novo Cap. Vemos o quanto ele é normal e sente o peso em ser o novo Capitão América, o símbolo de segurança. E tudo isso, enquanto acompanhamos Bucky e Sam criticando John (as vezes pelas costas). Bucky discute, e muito, com Sam por ele não ter aceitado o manto do herói, mas até o final do episódio, entendemos o motivo do Falcão em continuar como Falcão e descobrimos que John é um chato de marca maior.
Diferente do primeiro episódio, este é mais lento, com mais diálogos e exposição dos heróis e dos vilões. E é claro que não faltou humor, o encontro de Bucky e Sam foi marcado por piadas e momentos engraçados, mas nada pastelão que destoasse da proposta da série. O que mais se destaca é a teoria de Sam dos Grandes Três: Magos, Aliens e Androides, se referindo aos grandes vilões do Universo Marvel, bem como a ida da dupla à psicóloga.
E da relação de Sam e Bucky, a gente pode concluir que o Bucky é uma espécie de Dean Winchester moderado, metade dele é cínico e a outra metade é badass, assim como o irmão Winchester. E depois de diálogos e apresentações, somos levados para as cenas de ação, que, novamente, não ficam devendo nada para outros produtos Marvel. E aqui o Soldado Invernal se destaca, ele é ágil, agressivo e impulsivo, enquanto o Falcão é técnico e estratégico.
Depois de invadirem um armazém, ambos seguem perseguindo dois caminhões, onde a luta acontece (com os veículos em movimento). Falcão voa do lado de um dos caminhões e as cenas são fantásticas, os efeitos especiais são magníficos, enquanto Bucky enfrenta os super-terroristas encima dos veículos. Quando a luta parecia perdida, o Deus-Ex chega, ou melhor, o Capitão chega, ele e seu companheiro o Battlestar.
Para facilitar a avaliação de John Walker como Capitão fiz esse resuminho:
Habilidade com o escudo: 9/10
Heroísmo: 7/10
Habilidades de combate: 10/10
Carisma: 5/10
E depois do combate e da vergonhosa derrota dos heróis, o episódio volta para o marasmo dos diálogos, somos levados para a casa de Isaiah, um superhumano que possivelmente tem as respostas que Bucky e Sam procuram – nos quadrinhos Isaiah foi o primeiro personagem negro a vestir o uniforme do Capitão América. E o encontro da dupla com Isaiah rendeu muito, Isaiah lembra Bucky de quando tiveram uma briga e Isaiah arrancou o braço dele.
E no final do episódio, os heróis são abordados por policiais e acontece uma cena de exposição de racismo, onde policiais interveem a discussão de Bucky e Sam, mas defendendo Bucky e partindo para ofensiva contra Sam, até que um dos policiais percebe que é o herói Falcão. A cena gera incomodo no espectador, como deveria ser, mas não é forçada dentro da série, é bem contextualizada e realizada.
E no final do episódio, ambos parte para um encontro de Sam com um dos membros da Hydra, em busca de informações. Falcão e Soldado Invernal é uma das atrações originais do Disney+ e toda sexta-feira tem episódio novo.