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Análise: The Procession to Calvary – ★★★★☆ (2021)

(Reprodução)

Recentemente lançado, The Procession to Calvary, é um game de aventura bem “pythonesco”, que vai te surpreender pelo humor pastelão e pela blasfêmia bem dosada. O jogo conta com uma história simples, que se passa no fim da inquisição, mas que devido sua ousadia, vai tirar muitas risadas do jogador, ou fará odiar o criador do jogo. O game também conta com uma trilha sonora clássica e um design construído a partir de pinturas renascentistas, o que torna todas as suas ações ainda mais pitorescas

A Guerra Santa acabou! Os opressores da santa igreja foram derrotados, os templos dos antigos deuses estão sob ruínas e milhares de pessoas inocentes foram brutalmente assassinadas, e grande parte pelas mãos do protagonista, que não se sente nada contente com o fim da matança e decide questionar o seu novo líder se não há mais ninguém para matar. Desta forma, após um diálogo um tanto quanto cômico, você recebe a missão de assassinar Peter Celestial, que fugiu antes de ser morto. A história no geral é essa, a partir dai, você precisa ir explorando os mapas e conversando com os persnagens para avançar. Um ponto alto da história é quando conhecemos o Mago, que muito se parece com Jesus Cristo. Os eventos que se seguem com ele são muito engraçados. O estilo de humor do game remete muito a Monty Python.

Os personagens do jogo são minimamente detalhados, a protagonista em si nos é apresentada como uma psicopata maníaca, possível serial killer, fascinada pela matança desenfreada. A informação que temos dela é de que roubou a armadura de um nobre e passou a matar em nome da igreja. O personagem mais engraçado do game é com certeza o Mago. Na primeira vez que o encontramos ele está em uma espécia de banquete com seus seguidores se vangloriando de seus truques como andar na água, uma clara referência cômica à Jesus. O personagem não só é uma paródia do salvador, como também ironiza e reproduz os momentos mais icônicos da santa fé.

As mecânicas de The Procession to Calvary não tem nenhuma inovação, se trata de um point-and-click com interações básicas, mas que rendem bons momentos, como quando estapiamos padres e cardeais no rosto. Também contamos com a opção de matarmos brutalmente as pessoas para pular os desafios e chegar no objetivo, mas não sem sofrermos consequências. E como o jogo possuí finais diferentes, nos vemos obrigados a explorar os diversos caminhos para o fim.

A nossa jornada nos leva para diversas paisagens ricamente detalhadas, contruídas a partir de centenas de pinturas renascentistas diferentes que enriquecem o visual do game. A trilha sonora também é caracterizada e traz músicas clássicas que ajudam a tornar o ambiente ainda mais pitoresco. Tanto a parte gráfica, quanto sonora do game são bem satisfatórias e tornam a experiência agradável.

The Procession to Calvary é um game com um humor um tanto quanto ousado, e se você tem uma crença religiosa forte, pode até se sentir ofendido. Mas isso não é um ponto negativo do game, muito pelo contrário, ele apenas conta uma história própria e utiliza de elementos já estabelecidos para o seu humor. O game está disponível no Game Pass para os assinantes do serviço da Microsoft, mas também pode ser jogado nas outras plataformas. Se você tem Game Pass, recomendo experimentar, pode ser uma experiência divertida.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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