Análise: Unravel 2 – ★★★★☆ (2018)

O jogo cooperativo Unravel 2, publicado pela EA Games, seguiu fiel a seu antecessor, potencializando algumas ótimas características do primeiro título e acrescentando algumas mecânicas que melhoraram o desafio. Dessa vez Yarni tem um parceiro para todas as fases do game, que é indispensável para transpor obstáculos e puzzles.

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 O jogo segue um enredo muito parecido ao do primeiro título; conta uma história sem dizer uma palavra. Mais uma vez a história que os bonecos de lã acompanham em sua aventura é uma história sobre romper e reatar laços. Entretanto, na maioria das fases, o ritmo é rápido e somando-se a isso o fato de a história se passar através de vultos etéreos quase transparentes no fundo do cenário, houve um prejuízo na compreensão daquilo que se queria transmitir. É possível notar que existe uma sequência na história, dois jovens (adolescentes?) fogem de alguma realidade triste, mas o ritmo destoante da fase com os vultos prejudicou a compreensão, e isso é um ponto negativo com relação ao primeiro jogo da franquia. 

Agora no menu de escolha de fases, trechos da história são expostos também em quadros na parede, cuja figura vai sendo completa conforme alcançamos conquistas. Mas essas figuras não são claras, e caso alguém não tenha a intenção de caçar todos os troféus, não poderá apreciar esses trechos da história. Algo que poderia enriquecer o jogo, como em seu antecessor, onde podemos observar um álbum de fotografias que continha o mesmo cenário das fases, algo bem interessante, mas que perdeu esse potencial nesta sequência.

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Além disso, as mudanças nos cenários de um ambiente rural para um ambiente urbano foi muito interessante no sentido de oferecer uma infinidade de novas possibilidades de ação no jogo. Como a aventura agora é cooperativa, novas mecânicas foram adicionadas, fazendo com que você leve mais tempo quebrando a cabeça para resolver os puzzles sem embramar os fios num nó complexo ou sem deixar o laço acabar. Dessa forma, superar cada desafio ficou muito mais interessante, mas com a ajuda de um segundo jogador, é possível resolver todos os problemas em conjunto.

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Em contrapartida, o número de fases em Unravel 2 é menor do que o do primeiro título,  fazendo com que leve poucas horas para zerar o game. Existem fases bônus (mais uma novidade) que são basicamente um nível de plataforma estático com um problema a ser resolvido. Essas fases são divertidas e mais complexas que os níveis normais da história. 

As paisagens no jogo superam as do primeiro título, o gráfico está ligeiramente melhor, mas a passagem para um ambiente e temática mais urbana tem um decréscimo de interesse ante às belas paisagens naturais do primeiro título. Agora, os dois jogadores podem escolher o formato da cabeça, olhos e a cor de seu Yarni; personalizar seu personagem sempre é algo bem vindo. Entretanto, os colecionáveis deixaram de ser botons e pins de lã que combinavam com a identidade visual do game para serem apenas pontos brilhantes desinteressantes. Um passo para trás que não faz sentido. 

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Dessa forma, Unravel 2 traz novidades de jogabilidade interessantes, uma mudança no visual e ambientação, mas comete alguns erros simples que fazem a diferença na hora de cativar o jogador. Terminei o segundo título com saudade do primeiro. O peso do enredo também é esvaziado pelos erros citados, enquanto tinha muito potencial para ser muito envolvente como o primeiro título. Essa franquia tem um leque de metáforas ao seu alcance que podem tocar profundamente a todos, mas devem ser desenvolvidas com mais zelo.