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Artigo: o que esperar da gameplay de Far Cry 6?

Far Cry 6 ganhará 1º vídeo de gameplay na sexta-feira (28) | Voxel
Divulgação

O novo jogo da Ubisoft vem ai e com o hype aumentando resolvemos compartilhar nossas expectativas quanto ao gameplay do jogo.

A franquia Far Cry é, sem dúvidas, uma das maiores franquias da empresa e uma das franquias mais significativas do mundo dos videogames, principalmente por introduzir elementos de gameplay que se tornaram padrão hoje em dia, como a escolha do jogador em como abordar as missões. E se você quiser mais sobre como a Ubi mudou o mundo dos games confira no nosso podcast, o Gamertag.

Far Cry 6 teve seu anúncio oficial há alguns meses. E depois do desastroso lançamento de Cyberpunk 2077 (da CD Project Red), a Ubi resolveu adiar um pouco o lançamento do game para não correr o risco de ser a próxima CD Project Red (curiosamente a CD tirou o podium da Ubi no quesito “jogos inacabados e lançados assim mesmo”). O medo de se tornar um Cyberpunk 2077 e encerrar o estigma de “Bugsoft” é tão presente, que, David Grivel, um dos chefes responsáveis pelo jogo, fez algumas demonstrações do game rodando no Xbox One Fat e PS4 Base, e o jogo rodou lindamente.

E este é o primeiro ponto a considerarmos, não é um jogo da “Bugsoft”, muito provável, virá com algum bug, mas não vejo como um bug que impeça o jogador de se divertir. E, mesmo isso sendo o mínimo, é algo que não acontece com frequência, cada vez mais, empresas lançam jogos incompletos e/ou bugados. Novamente, este não deve ser o caso de Far Cry 6.

E com o jogo funcionando perfeitamente, o que podemos esperar da gameplay? Primeiro é uma narrativa mais aberta, como já fora anunciado várias vezes. Algo (imagino eu) no mesmo nível de Far Cry 5, onde você é livre para cumprir as missões sem uma ordem específica. Usando o sistema de áreas que é muito presente nos games da Ubi. Esse tipo de gameplay oferece pontos positivos e negativos, por exemplo: a narrativa fica comprometida, por não ter uma linha de narração exclusiva do game, mas isso é compensado pela liberdade do jogador em fazer sua própria narrativa. Em Far Cry 5, nós enfrentamos os 3 irmãos de Joseph Seed na ordem e como desejamos, o que é inevitável é enfrentá-los quando a “barrinha de enfrentamento” enche, penso que em Far Cry 6 isso acontecerá. O mesmo acontece em Homeland- The Revolution (Kaos Studio), um jogo que  foi bem mal nas recepções pelo sistema repetitivo de liberar áreas e “sobreviver” ao governo autoritário, que ocnta com uma narrativa quase aberta e não linear. 

Isso acontece em Watch Dogs Legion, temos que provocar a revolta na população nos bairros de Londres, o que é chato e repetitivo. Se esse for o modus operandi de Far Cry 6, o jogo já está fadado à criticas negativas. Entretanto, se o sistema de narrativa aberta não usar o sistema de áreas, o jogo tem tudo para ser incrível, pois ele quebrará um ciclo vicioso da Ubisoft.  

Far Cry 6 launches in October with new weapons and a blockbuster story - Polygon
Reprodução

Um outro ponto interessante é o crafting de armas, que podem mudar muito, novamente a Ubi pode repetir o que existe em Homeland – The Revolution, lá o jogador pode customizar as armas durante o combate. Aqui, eu imagino, será uma mistura de Homeland – The Revolution com Far Cry New Dawn, o spin-off de Far Cry 5, que conta com armas feitas de “gambiarras” e com aspectos “trash-futuristas”, como podemos ver no trailer. Isso não parece ser ruim, mas deixa a desejar em alguns aspectos, ainda mais quando avaliamos o históricos da franquia, onde sempre tivemos armas buscando o realismo, e agora, com armas que parecem ser feitas de lixo. Entretanto, um elemento é chamativo, a mochila/”sei-lá-o-que-é-aquilo” que é capaz de sofrer customizações que vão mudar a gameplay (algo que me lembrou The Division, onde os gadgets mudam toda a jogatina e são customizáveis).

E por último, não menos importante, é o cenário, que lembra muito Far Cry 3 com uma mistura de Dying Light (Techland), onde temos um ambiente urbano caótico e todo destruído, mas ter um ambiente urbano em Far Cry é novidade e isso deve ser celebrado. Já os ambientes de natureza parecem contar com uma variedade de biomas, obviamente, todos respeitando o clima tropical. E junto com a flora, temos a fauna, em um momento do trailer vemos Dani (a protagonista) andando à cavalo (o que não é novidade, já que no 4° game podíamos montar um elefante) e jacarés, algo que deve criar um clima interessante durante a gameplay, ampliando possibilidades.

Já nos ambientes urbanos, é mostrado cenas de parkour, que devem dinamizar a jogatina, deixando tudo mais voltado para a ação. No trailer de divulgação é mostrado que poderemos subornar guardas, se isso não for algo exclusivo de um momento do jogo, mas algo recorrente, deixará a imersão bem mais real, afinal, qual governo que não tem corrupção? E quem não quer explorar isso?

Obviamente, essas são especulações sobre o jogo, algumas comparações aqui são apenas para criar imagens na cabeça do leitor. A Ubi está aumentando o hype do jogo com uma certa frequência, o que a empresa já não fazia há algum tempo, mesmo com A.C. Valhalla, que era um jogo muito esperado e teve uma campanha de marketing tímida (se considerarmos os marketings no mundo dos videogames). Far Cry 6 chegará no dia 7 de outubro, mas, ainda teremos muitas informações sobre o jogo, principalmente no painel da Ubi na E3, que acontecerá dia 12 de junho.

Sobre Dan Claudino

Professor de História, aspirante a podcaster e escritor. Viciado em cultura cyberpunk e jogos de ação.

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