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Crítica: 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi – ★★★★★ (2016)

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O grande trunfo das plataformas de streaming é reviver filmes clássicos ou apresentar filmes que passaram despercebidos pelo nosso radar, como é o caso do filme 13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi, digirido por Michael Bay.

O longa de 2016 conta a história do grupo de ações táticas G.R.S., um tipo de força especial secreta dos E.U.A., que teve a missão de retirar da Líbia o Embaixador e os agentes da CIA. A missão existiu no mundo real, a trama, como um todo, existiu, mas é claro que sabemos que alguns eventos ou situações no filme são efeitos da própria mídia, que não é capaz de registrar os eventos na sua íntegra e ainda entregar duas horas de entretenimento.

O filme tem John Krasinski e David Denman no elenco, curiosamente, ambos ja disputaram o amor de Pam ( Jenna Fischer) em The Office, e aqui são militares altamente treinados. Conta ainda com a participação de Pablo Schreiber, que será uma das estrelas da série de Tv Halo, que estreará em breve.

Com a marca do diretor, Michael Bay, 13 Horas, é cheio de explosões e ação, mas não deixa o drama ou a dramaticidade daqueles combatentes de lado, logo com a chegada de Jack Silva (John Krasinski) à base somos apresentados aos outros personagens e todos, em certo momento, serve como âncora para o filme. Cada umc om sua motivação e seu desejo de voltar para casa, o que nos força a torcer pelo final feliz.

A história se passa logo após a queda de Gadaffi do governo da Libía, e o lugar está tomado de rebeldes e extremistras. No filme acompanhamos o ataque que a embaixada americana sofreu e como poucos soldados e alguns militantes-armados, chamados de 17 de Fevereiro, lutaram contra este ataque.

Em 2001 o filme F”alcão Negro” em perigo foi um marco por apresentar as guerras modernas com todos os seus efeitos e defeitos, creio que em 2016 esse papel passou para 13 Horas. Nas cenas iniciais temos imagens de drones, muito similares a que vemos na franquia de videogames Call of Duty Modern Warfare. Com o primeiro ataque à embaixada, já somos apresentados a um cenário de guerra muito bem estabelecido, um espaço limitado, os campos ao redor e a cidade (que mostra os atacantes chegando). Esses espaços são tratados com atenção, já que há momentos em que um detalhe pode mudar a percepção do espectador, como a cena em que um dos militares acompanha a luneta da arma e diz ter visto alguém, é automático, mas enquanto espectador o instinto é procurar alguém nas imagens, até que outro soldado diz que os olhos do colega estavam cansados e ele estava vendo coisas. Toda essa cena prende o espectador, o colocando dentro do filme por instantes.

Disparadamente, 13 Horas é uma ótima indicação para os fãs de filmes de guerra, a trama é simples em sua essência, mas o desenrolar do filme faz da ação a maior protagonista e a apreensão de um final feliz é uma ótima aliada na experiência como um todo.

13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi é um dos destaques da Netflix e uma ótima recomendação para quem quer ver um filme de ação com a dosagem certa de drama. Isso tudo sem contar que a trama toda é representada em uma missão de Call of Duty Modern Warfare de 2019, então os fãs do jogo vão identificar a missão do jogo no filme.

Sobre Dan Claudino

Professor de História, aspirante a podcaster e escritor. Viciado em cultura cyberpunk e jogos de ação.

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