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Crítica: Agente Oculto ★★★☆☆ (2022)

(Reprodução)

O longa dito como o mais caro da Netflix chegou ao catálogo com altas expectativas, mas não foi capaz de preenche-las por completo. Agente Oculto é a aposta original do streaming no gênero de espionagem e ação. A ideia central do longa é boa, mas sofre de forma miserável para ser desenvolvida, se arrastando em conversas de telefone e ação desenfreada.

A direção do filme é de ninguém menos do que os irmãos Russos, estrelas por traz de sucessos da Marvel, o que sem dúvida faz o filme brilhar na parte técnica, entregando cortes de ação empolgantes e muito bem estruturados. A qualidade da ação no filme é sem dúvida um mérito da direção.

Embora o filme acerte em sua dinâmica, a falta de um roteiro interessante deixa tudo muito chato e cansativo, principalmente com sua duração exagerada, com sequ~encias totalmente dispensáveis. A trama do filme é aquele clichê básico de filmes de espião: o agente Sierra Seis, um assassino condenado que foi resgatado por um força tarefa da CIA, se envolve em uma disputa de poder entre os tubarões da agência, que acaba resultando em diversas perseguições em lugares diferentes do mundo.

O roteiro tem diversos momentos massantes, que parecem não levar a nada, apenas à próxima sequência de ação intensa, que não deixa a desejar, porém não convence o tempo todo. Não da para cobrar uma história muito convincente desse gênero, de certa forma, portanto, muita coisa do roteiro pode ser ignorada.

As atuações do filme são um ponto alto, graças ao elenco carismático que sabe bem incorporar persongens desse tipo. Ryan Gosling está muito bem como Seis, com diversos momentos bem intensos de ação, muito convincentes. Seu personagem não fala muito, mas se expressa bem nas coreografias de luta e cenas de adrenalina. Chris Evans, que nesse filme vive o vilão insano Lloyd Hansen, que combinou muito bem com ele. Evans conseguiu incorporar o personagem muito bem, afinal, tempo não lhe faltou para atuar no filme. Ana de Armas, que interpreta Dani Miranda, manda bem na personagem também, principalmente nas cenas de ação.

Há uma aparição que deve ser mencionada com toda certeza, que é Wagner Moura como Laszlo Sosa, um personagem que surge no caminho de Seis. Muito foi dito sobre o seu preparo para o personagem, que pode ser notado em cena. Ver Moura atuando ao lado de Gosling é sem dúvida muito empolgante.

Talvez o maior acerto do longa, além do elenco, seja sua parte visual, que entrega boas explosões e muito destruição ao longo da trama. As sequências de ação são muito bem desenvolvidas, mas não é surpresa devido à direção. Perseguições bem elaboradas, com bons desfechos, cenas de luta muito bem coreografadas, tirando tudo das atuações. O filme impressiona na qualidade e na quantidade de sequências de ação, todas muito bem conduzidas. Os efeitos especiais também estão bons, é possível ver que estão lá, mas não incomodam e nem tiram a naturalidade das cenas.

Para o esperado de um filme de altíssimo orçamento, Agente Oculto não entrega o que deveria, mas cumpre a função de entreter e somar como um bom filme do gênero. A trama é o seu ponto fraco, que se arrasta por muito tempo e deixa a desejar. As atuações surgem para salvar o roteiro de fracassar totalmente e tornam a experiência muito envolvente. E o ponto mais alto é a qualidade visual e tècnica, tudo muito bem desenvolvido, graças ao trabalho dos irmãos Russo. Agente Seis não é inovador nem revoluciona o gênero, pelo contrário, é mais do mesmo, porém, mas se você gosta do gênero e dos nomes envolvidos, vai curtir.

Agente Oculto está disponível na Netflix.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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