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Crítica: As Marvels ★★★☆☆ (2023)

(Reprodução)

O Universo Cinematográfico Marvel (MCU) continua sua expansão, mas não sem desafios. “As Marvels”, dirigido por Nia DaCosta e estrelado por Brie Larson, Iman Vellani e Teyonah Parris, estreou recentemente nos cinemas, gerando discussões acaloradas entre os fãs. A sequência da jornada da Capitã Marvel enfrenta críticas mistas, com notas baixas em agregadores de críticas e uma recepção morna do público. Este cenário pode ser reflexo da saturação das fórmulas do MCU, mais do que uma falha das heroínas em si.

A trama de “As Marvels” se entrelaça com os eventos de “WandaVision” e “Ms. Marvel”, séries do Disney+. O filme explora a conexão misteriosa entre as três personagens principais, que trocam de lugar ao usar seus poderes. Apesar das conexões bem-construídas com o MCU, a fórmula começa a mostrar sinais de exaustão.

O roteiro, escrito por Megan McDonnell, segue a conhecida fórmula da Marvel, mas sem inovações significativas. A narrativa, embora divertida, carece de profundidade emocional. Os personagens, apesar de visualmente impressionantes, parecem desprovidos de alma, com interações superficiais. A vilã, interpretada por Zawe Ashton, não consegue transmitir uma ameaça convincente, deixando a história arrastar-se até um final previsível.

No entanto, as atuações são um ponto forte. Brie Larson (Capitã Marvel), Iman Vellani (Ms. Marvel) e Teyonah Parris (Monica Rambeau) entregam performances memoráveis, com uma química palpável em tela. A empolgação de Vellani é contagiante, e Larson apresenta uma Capitã Marvel mais sensível do que em suas aparições anteriores. Parris adiciona uma camada de sensatez ao trio.

Visualmente, “As Marvels” é um espetáculo. Com um orçamento robusto, o filme apresenta cenários elaborados e cenas de ação bem executadas. Um destaque é a sequência em um planeta alienígena, que mistura ação com elementos de musical, demonstrando a criatividade visual da equipe.

Apesar de suas qualidades, “As Marvels” parece reforçar o desgaste percebido nas produções recentes da Marvel. A baixa bilheteria e a reação dos fãs sinalizam um possível cansaço com a fórmula repetitiva do MCU.

Em conclusão, “As Marvels” é um filme que se apoia no carisma de suas protagonistas, mas não consegue escapar da sombra da fórmula desgastada da Marvel. Pode não valer a ida ao cinema, mas é uma adição interessante ao catálogo do Disney+ para os fãs do MCU. O filme tinha potencial para mais, mas acaba sendo mais um exemplo do desafio criativo enfrentado pela Marvel Studios.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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Um comentário

  1. Boa crítica.
    As Marvel infelizmente sofre de um problema duplo, o desgaste no formato e a má vontade de um público cada vez mais despolitozado que vê em qualquer obra diferente um sinal de “lacração”.

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