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O boneco assassino está de volta, dessa vez com muito mais violência e uma boa dose de blasfêmea, que torna tudo ainda mais interessante. A segunda temporada de Chucky é visceral, carregada de matança, mas ainda com um roteiro razoável, cheio de furos que incomodam um pouco, mas não tornam a experiência ruim.
Nessa temporada vamos mais a fundo na personlidade de Charles Lee Ray e também de sua família, Tiffany, Glen e Glenda, conhecendo mais de cada um e descobrindo alguns mistérios que sempre ficaram abertos. O relacionamento entre Jake, Devon e Lexy também é mais aprofundado. A violência está mais intensa nessa temporada, com direito a muita matança gratuita. A série melhora com relação a temporada inaugural, mas ainda tem muito a ser explorado.
A segunda temporada de Chucky começa meses após os acontecimentos da primeira parte, em que os jovens acreditavam terem se livrado de vez de Chucky. Entretanto, o retorno do boneco causa uma tragédia impactante que, sem dúvida, está entre as mortes mais chocantes da temporada. Após esse evento, os três jovens são direcionados para um internato religioso, comandado por um padre rigoroso. Nesse internato, os jovens terão de enfrentar a ameaça letal de Chucky mais uma vez.
Do outro lado, a farsa protagonizada por Tiffany, que havia sequestrado Nica e a mantém presa, está prestes a vir abaixo quando Glen e Glenda chegam para visitá-la. Chucky também está mais perigoso, já que agora conta com versões mais sinistras do boneco para ajudá-lo a se vingar dos jovens. Os episódios se desenvolvem até que bem, mas tem alguns furos na narrativa, que incomodam um pouco, mas não faz diferença, afinal, se Chucky está em cena matando, tudo se torna aceitável.
As atuações melhoram, não graças ao roteiro, mas sim ao elenco, que começa a se acostumar melhor com os personagens e com a proposta da produção. Jake de Zackary Arthur está mais ajustado ao personagem, deixando a atuação menos caricata. O Devon de Bjorgvin Anarson parece finalmente estar entendendo o que deve ser feito, sua atuação está bem mais aceitável que aquela mais travada da primeira parte. Enquanto a Lexy de Alyvia Alyn Lind mantém o mesmo padrão de performance, já que entregou uma boa personagem na estreia da série.
Andy de Alex Vincent e Kyle de Christine Elise também estão de volta, com direito a Andy participando de uma cena brutal de tortura, que não tem o menor censo de continuidade. De forma geral, as atuações melhoram, há mais personagens em cena, o que ajuda a explorar as relações entre eles. Os membros do internato funcionam bem nas cenas, principalmente o padre Bryce, interpretado por Devon Sawa, que se torna um verdadeiro pé no saco dos jovens.
O criador da série, Don Mancini faz vários acertos nessa temporada. As cenas estão melhores, com uma violência muito mais impactante e cruel. Além de que diversos pontos da franquia são amarrados nessa temporada, fazendo com que a história fique mais polida. As mortes vão deixar os fãs de slasher bem satisfeitos. A segunda temporada de Chucky prova de uma vez por todas que o formato ideal para produções do boneco assasino é a TV, com o tempo necessário para Chucky desenvolver suas maldades livremente.
Essa temporada de Chucky é impecável, os elementos foram usados com inteligência e aproveitados ao máximo, para tornar a experiência algo marcante. A trama de fundo segue o básico, tem furos, mas amarra bem as pontas soltas que a franquia foi deixando ao longo dos anos. As atuações melhoram muito de qualidade, com performances bem mais atrativas. Os efeitos especiais da série também melhoram consideravelmente, com muito mais violência e bonecos ainda mais surtados. Para os fãs do boneco assassino, a sequência é indispensável.
A segunda temporada de Chucky está disponível na Star+.
