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Crítica: Cuphead – A série – 1ª Temporada – ★★★★☆ (2022)

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Não prometendo muito, mas entregando o suficiente, Cuphead – A série, é uma ótima animação, com um humor simples, mas que entretém.

A animação estilo anos 20 que o jogo Cuphead tem, não é vista na série animada, que mescla animação dos anos 20 com Cal-Art, mas isso não é ruim. Cuphead tem momentos que vão agradar quem conhece Betty Boop, Looney tunes e Animaniacs, sem deixar de fora que conhece as animaçoes mais modernas como Gravity Falls, Hora de Aventura ou outro desenho animado contemporâneo.

Já citando Animaniacs, Cuphead pode ser facilmente comparado com a série animada dos irmãos Yakko, Wakko e Dot. A série foge da lore do jogo, mantendo o principal, a aposta pela alma de um dos irmãos. Mas a aventura de cada episódio segue um padrão de desenho animado que predominou até os anos 90, há um grupo de heróis e um vilão, ocasionalmente eles se encontram. No caso, os irmão Xicrinho e Caneco vivem suas aventuras enquanto o vilão Diabo tenta pegar a alma de um dos irmãos.

O grande destaque da série vai para os brasileiros, o trabalho de dublagem é sensacional. Xicrinho tem voz de Sérgio Stern, mais conhecido pelo personagem Mike Wazowski de Monstros S.A, seu cauteloso irmão Caneco é dublado por Daniel Simões, o mesmo que dá voz ao Osanai, de Tokyo Revengers. Que fazem as vozes combinarem com o tom de animação e com as piadas – que por vezes são medianas, mas a dublagem as deixa fantásticas.

Outro destaque da série é Diabo, dublado Nando Sierpe. Enquanto isso, o icônico Rei Dado ganha a interpretação de voz do ator Thiago Fagundes, que acaba sendo um dos personagens com a melhor dublagem, por possuir um “gingado” único no jeito de falar.

A trilha sonora é um outro ponto muito forte da animação e da dublagem, que manteve o estilo de jazz e suas varinates, como o coll jazz, big band, beboop e latino jazz. As músicas, cantadas em português, não perdem o brilho, com destaque para a música de apresentação do Diabo, que é um  jazz “swuingado” muito bem executado.

Os erros em Cuphead estão nas espectativas criadas, muito se pensou que a série seria uma extensão do jogo, mas não é. E sim, a culpa é do material de divulgação da Netflix, mas se você não esperar uma continuação do jogo e sim um material à parte, vais e divertir.

Sobre Dan Claudino

Professor de História, aspirante a podcaster e escritor. Viciado em cultura cyberpunk e jogos de ação.

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