Foi lançado no final de 2021, no Japão, o mais novo filme de Fate Grand/Order, intitulado de “Fate/Grand Order Final Singularity – Grand Temple of Time”, contando a última Singularidade do jogo de celular, encerrando assim o primeiro grande arco da história.
Sendo bem sincero, eu, como bom fã, estava bem receoso quanto à qualidade do filme, isso porque um dos últimos filmes lançados, com o nome de “Fate/Grand Order Divine Realm of the Round Table: Camelot Wandering; Agateram”, foi bem ruinzinho, apesar de algumas cenas bonitas de luta. Esse filme trazia uma das principais histórias do jogo e era muito aguardado por quem é jogador da franquia, porém trouxe um filme cheio de falhas, sem muita explicação sobre os eventos que aconteciam ao longo do tempo, sem diversas partes relevantes da trama, e que, no fundo, tem duas ou três boas cenas. Além de retirarem uma das cenas mais emocionantes que o jogo tem. Assim, meu medo era que a última singularidade fosse adaptada de forma rasa e sem muitas explicações sobre o que estava acontecendo.
Porém, o filme de Solomon não repete o citado acima, trazendo uma história fechada, com ótimas cenas de ação e abordando muito bem as cenas emocionantes que fecham as histórias das singularidades.
Para você que está meio perdido nessa crítica, farei uma síntese do filme sem que isso, eventualmente, estrague a sua experiência.
Os eventos de filme acontecem após as Sete Singularidades criadas pelo Rei dos Magos, na busca de destruir a humanidade. Assim, para impedir o fim do mundo, o personagem principal e sua fiel escudeira vão até a distorção temporal em que está Solomon para o derrotar e restabelecer o curso natural da história.
No jogo, o que temos é basicamente uma série de lutas contra os vilões já derrotados ao longo de todo o Arco 1 de Fate Grand/Order, e reencontramos quase todos os heróis que aparecem durante esses eventos. A parte principal fica por conta da luta entre Fujimaru e Mash contra Solomon, que explica todo o plano maligno do Rei e como ele conseguiu incinerar toda a humanidade.
A adaptação cinematográfica acaba por inserir alguns elementos não vistos no mobile e, para mim, acertam muito em cheio nesse ponto. O acréscimo de servos na luta final criou uma ótima cena de luta entre o protagonista e o vilão, trazendo de volta os principais heróis das outras Singularidades.
Nesse sentido, o desfecho da história de Mash é sensacional, fazendo grande jus aos eventos do jogo. Aqui deve ser mencionado que o filme omitiu uma explicação, porém não acredito tenha existido muito prejuízo na cena, porque os eventos ocorridos meio que ficam subentendidos. Juntamente com isso, a sua interação com o vilão é muito bem orquestrada no filme, mostrando as opiniões dos dois sobre como a vida é e como ela deve ser vivida.
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Outro ponto que merece destaque é a explicação de quem realmente é o Chefe de Chaldea, após os eventos que incineraram a humanidade. Ao explicar a história do Doutor Romani Archaman, o filme não só conta a trajetória de um herói, mas também como esse fardo pesa até o final para ele. Isso é importante também para expandir, de certo modo, o lore do universo de FGO, isso porque muitos elementos voltam a aparecer no Arco 2 do jogo, nos Lostbelts.
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Para quase finalizar, e não deixar de ressaltar uma das coisas mais importantes, é necessário falar sobre como as lutas foram animadas. Aqui, o assunto só pode ser exaltado, porque as pancadarias foram colocadas de forma muito boa, alternando de forma precisa entre conversas e lutas. Achei que tudo foi muito bem feito, com animações muito bonitas e muito bem desenhadas. Outro detalhe importante é que foram mostrados personagens que o público que apenas acompanha os animes talvez não esteja tão familiarizado, como David e a versão mais nova de Alexandre, o Grande.
Esse último ponto, na verdade, é pleonástico, porque os filmes e séries de Fate são, quase sempre, muito bem animados. Mas, nesse sentido, sempre é bom destacar isso, porque é um anime que assistimos para ver as lutas.
Outro destaque muito positivo é a trilha sonora do filme, que reproduz fielmente diversos temas de jogo, criando uma ótima atmosfera para as lutas e para os momentos de drama que a obra oferece. Quem jogou com certeza lembrará de várias das músicas apresentadas.
Resumindo, o filme traz quase tudo que deveria efetivamente trazer, pecando apenas em alguns detalhes, que não interferem muito na narrativa e na continuidade da história. Eu estava bem ansioso para assistir esse filme e não sai decepcionado, pois essa última animação trouxe um ótimo fechamento para a esse primeiro arco. Agora, vamos aguardar as próximas animações e verificarmos se eles adaptarão os Lostbelts (cujo prelúdio já foi até animado) ou as história do Arco 1.5. De qualquer forma, acredito que os fãs estejam empolgados após essa ótima adaptação.