Página Inicial / Críticas / Crítica: My Villain Academia – ★★★★★ (2021)

Crítica: My Villain Academia – ★★★★★ (2021)

(O presente texto contém Spoilers da 5ª temporada de My Hero Academia)

 

My Hero Academia ganha nova abertura para 'My Villain Academia'

(Reprodução)

Dividi as publicações sobre a 5ª temporada de Boku no Hero em razão da importância de um dos Arcos que a animação adaptou. Era necessário fazer um texto apenas para essa parte, isso porque, para os fãs, esse provavelmente era o momento mais esperado da temporada, pois adaptaria My Villain  Academia.

A história é focada inteiramente na Liga dos Vilões, principais antagonistas da Turma A e do personagem principal da história, Izuku Midorya. A premissa desse arco destoa um pouco da sistemática normal dos animes, isso porque o autor reservou alguns meses do mangá apenas para demonstrar o desenvolvimento dos vilões da história e como cada um ficou mais forte.

Além da apresentação de elementos importantes para o futuro da série, como o Doutor, que é o braço direito de All For One, e de Gigantomachia, a história foca no embate entre a Liga dos Vilões e o Frente de Libertação Meta. Depois dou mais detalhes sobre esse último grupo.

O arco se inicia com Tomura Shigaraki se comprometendo a domar o principal soldado do exército de All For One, Gigantomachia. Para ser muito sincero, nem os que leem o mangá sabem realmente o quão forte esse último personagem é, porque, por mais que ele enfrente Shigaraki, Toga, Twice, Spinner e COmpress, a luta não toma uma proporção catastrófica, ficando evidenciado que Machia tem uma força surreal, uma resistência e uma regeneração fora dos padrões também. É por isso que não temos uma certeza absoluta de quem será capaz de pará-lo.

É nessa parte da temporada, no combate da Liga e Machia, que Shigaraki recebe uma ligação de Rikiya Yotsubashi, o líder do Exército de Libertação. É a partir daqui que a porradaria começa.

A ideia do Exército de Libertação é retirar as limitações do uso de individualidades na sociedade japonesa. Assim, qualquer pessoa poderia usar o seu poder quando e como quisesse. O detalhe interessante desse grupo é que eles são uma seita, basicamente, porém, eles são uma seita com muito adeptos e com muito dinheiro. Por isso tem acesso a equipamentos de melhora de individualidade, possuem satélites, mecanismos de manipulação de mídia e por aí vai. Resumindo, eles têm o que é necessário para luta contra o sistema que são contra.

Então, começa o ápice do arco, o embate entre vilões e o Exército de Libertação.

As lutas, como falei no outro texto, mantém o padrão da temporada, recebendo destaque a de Shigaraki contra Re-Destro (Rikiya) e de Dabi contra o antagonista de gelo (situação essa que faz clara alusão aos poderes do aluno Shouto Todoroki, amigo do protagonista).

Juramente com a ação, o arco foca no desenvolvimento de três personagens. Shigaraki, que fica tão apelão que seu cabelo até embranquece, de Toga e de Twice.

Para fazer isso, o autor foca no passado de cada um, contando os traumas e situações que os fizeram virar vilões. A história de Shigaraki aparece como a melhor dos três não só porque ele é o vilão principal, mas também pela execução das cenas. O clima sombrio de um menino que sofre por ter uma avó super-heroína e um pai traumatizado demonstram muito bem o porquê de o antagonista querer destruir o mundo, justificando também a fonte de todo ódio que ele exala. Para complementar, também é mostrado como Shigaraki foi acolhido por All For One, situação essa de extrema relevância para a história.

Em contrapartida, quem rouba a cena por parte do Exército de Libertação é o seu líder, Re-Destro. Esse personagem é muito bem trabalhado para mostrar a dicotomia entre o chefe de uma seita: a frieza de um comandante, que está disposto a sacrificar seus subordinados, e o fanatismo/loucura de uma pessoa que acredita em uma causa com todo o seu coração.

A única ressalva que faço sobre isso é a ausência de uma importante cena do mangá na animação, que ocorre logo após a luta entre uma membra do Exército de Libertação e Toga, da Liga dos vilões.

Nela, Re-Destro chora após perder sua subordinada. Mas essa tristeza não é apenas pelo luto, mas também uma jura de admiração por aqueles que dão a vida pela causa, por uma suposta liberdade.

(Reprodução)

Ao retirarem a cena, Re-Destro ficou um pouco mais genérico do que deveria.

Mesmo com essa observação é possível constatar que o arco de My Villain  Academia consegue trazer os principais sentimentos que a história queria passar para o público, apresentando todos os elementos que os fãs gostariam, misturando ação e drama.

Novamente, ressalto que os eventos desse arco são de grande importância para o futuro da história, isso porque o Exército de Libertação Meta ganha um novo líder e um novo nome também. Tudo isso em prol da “liberdade”.

 

Sobre Felipe Costa

Aspirante a Power Ranger Vermelho, jogador de Fate Grand Order e Advogado, quando a responsabilidade bate. Também participo do podcast Apenas um Papo

Você pode Gostar de:

Crítica | “Bebê Rena” revela a profundidade da obsessão humana

“Bebê Rena” é uma minissérie britânica que se destaca por seu humor ácido e um …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *