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Crítica: O Livro de Boba Fett – ★★★★★ (2022)

(Reprodução)

O Livro de Boba Fett encerrou seu primeiro arco na Disney+, a série que começou sem grandes expactativas, termina como uma das produções mais sensacionais ambientadas no universo de Star Wars. E não é para menos, na série tivemos aparições icônicas que agregaram indiscutivelmente para a trama, tornando a experiência imersiva e muito mais interessante. Mas não apenas isso, a trama também explorou de forma certeira elementos importantes do universo criado por George Lucas, agraciando os fãs com momentos únicos e impactantes. Mesmo com sua curta duração, cada episódio teve seu papel fundamental para atignir o ponto necessário e o desfecho não poderia ter sido diferente, para deixar os fãs ainda mais animados com as próximas produções de Star Wars. O Livro de Boba Fett é, sem dúvida, uma produção indispensável para qualquer fã de Star Wars que busca reviver o melhor que a franquia pode proporcionar.

Na trama acompanhamos Boba retornando para Tatooine e se instalando como Daimiô, ocupando o lugar de Jabba em seu palácio. A partir do momento que assume o trono, o protagonista terá de lidar com as diferenças e principalmente com aqueles que não querem sua presença ali. Seu principal rival é o Sindicato Pyke, que utilizam Tatooine como rota para vender sua mercadoria, causando inúmeros problemas para os habitantes do planeta, fora que também corrompem os líderes das regiões para que atuem a seu favor. A série tem um começo interessante, principalmente quando apresenta de forma muito criativa as tradições do Povo da Areia, os Tuskens, que sempre foram retratados como selvagens, mas que aqui os vemos como uma organização tribal coesa, que possuem seus próprios rituais e personalidades. Seguiremos Boba em sua missão de ir fazendo alianças pelo planeta, para que lutem ao seu lado contra os Pyke ou que ao menos permançam neutros quando a batalha final chegar. Mas tudo se torna ainda melhor na série quando são introduzidas, aos poucos, as aparições especiais, que não tiram o brilho do protagonista, mas que fazem os olhos dos fãs brilharem de alegria pelas referências incríveis. O episódio O Retorno do Mandaloriano é sem dúvida o ápice da série, entregando uma experiência imersiva e, sem dúvidas, muito impactante para os fãs que aguardam ansioso pela 3ª temporada de O Mandaloriano. Também temos, obviamente, o retorno espetacular de Grogu, carinhosamente apelidado de Baby Yoda pelos fãs, que possui um momento muito especial na série, que certamente deixou todos apreensivos com o que aconteceria. Além destas duas, há também outras aparições, que não citarei a fim de deixá-lo descobrir por si mesmo, caso não tenha sido estapeado por spoilers na internet.

As atuações na série são muito boas, como já era esperado de uma produção deste nível da Disney. O retorno de Temuera Morrison para o papel títular é sem dúvida sensacional, quando tivemos uma pequena palinha na série de Mando. Aqui o personagem é desenvolvido de forma mais imersiva, dando uma voz única para o icônico caçador de recompensas, mostrando que ele pode ser mais do que um mero assassino contratado. Ming-Na Wen, que interpretou a companheira de Boba, Fennec Shand, estava incrível, com ótimos momentos dentro da trama. Na série aprendemos mais sobre como os dois se conheceram e formaram a aliança, mostrando que a personagem confiou em Boba desde o começo. Pedro Pascal como Djin Djarin não teria como ser diferente, o ator incorporou brilhantemente um dos melhores personagens que a franquia Star Wars já criou, todos os momentos em que aparece são épicos e sensacionais. A série está recheada de personagens interessantes e engraçados, que contribuem para criar um elenco interessante e muito bem aproveitado, valendo principalmente para as aparições, que ajudaram a tornar a série um sucesso certeiro.

Falar de efeitos visuais e sonoros em uma produção que carrega o peso da franquia Star Wars é sem dúvida chover no molhado. os efeitos visuais estão sensacionais, realmente impressionantes. Cada corte de cena, cada construção de cenário, é possível ver o zelo e capricho que a produção teve ao elaborar. As cenas em que aprendemos mais sobre os Tuskens são completamente imersivas e carregam um peso dramático fundamental para a construção da nova identidade de Boba e foram incrivelmente bem produzidas. As naves, os personagens aliens, os ambientes, é tudo de alto nível, tornando uma experiência realmente épica. E o que falar da trilha sonora? Extremamente brilhante, muito bem produzida, dando um toque mais do que estelar para a série, sem mencionar que a música tema foi criado por Ludwig Göransson, o mesmo responsável pela trilha de O Mandaloriano, ou seja, tem como dar errado? Prepare-se para uma experiência sonora impecável, que te fará esperar até o término dos créditos em todos os episódiso antes de pular para o próximo. 

O Livro de Boba Fett começa de forma tímida, mas cresce e ganha força a medida que avança, se tornando uma das produções mais sensacionais baseada no universo de Star Wars, ao lado de O Mandaloriano. A ideia de George Lucas de um faroeste espacial nunca esteve tão bem representada como aqui, onde confrontos entre mafiosos para o domínio de um planeta estão presentes o tempo todo. Tudo foi feito com um extremo zelo, fazendo com que seja uma experiência obrigatória para os fãs da saga. Você com certeza nunca imaginou Boba Fett da forma como ele é construído na série. O Livro de Boba Fett possui 7 episódios e está disponível na Disney+, com durações que variam de 35 minutos a 1 hora.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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