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Crítica: O Massacre da Serra Elétrica: o Retorno de Leatherface – ★★★★☆ (2022)

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O Massacre da Serra Elétrica – o Retorno de Leatherface é um bom slasher, nada mais. Não oferecendo um revival para a franquia, mas entregando um filme que referencia o assassino da moto-serra.

Como já há algum tempo, a franquia O Massacre da Serra Elétrica, abandonou a família degenarada para destacar Leatherface, nesse revival, não foi diferente. Há sim menções e referências à família, mas nada que se destaque. E isso é bom, já que o título é “o retorno de Leatherface”, pois, é isso que é entregue.

Não existe um esforço real em introduzir o espectador novo no universo do vilão, o que enfatiza como Leatherface está incorporado na cultura pop e dispensa apresentações. Em um momento alguém diz algo sobre o maníaco que tirava o rosto das pessoas e usava como máscara, mas é só.

Outro elemento que faz do filme algo valioso é como os novos personagens, digo, vítimas, são introduzidas. Aqui temos jovens modernos com smartphones e que apelam para a cultura do cancelamento chegando na cidade para revitalizar a cidade, ou melhor dizendo, gentrificar a cidade.

Assim como foi o revival de Halloween, com a volta de Jamie Lee Curtis, aqui temos a volta de Sally, interpretada por Olwen Fouéré. Infelizmente Marilyn Burns, a Sally “original” faleceu em 2014. O retorno da final girl é uma jogada sem força dentro do filme, mas é um aceno aos saudosistas.

Os ótimos momentos são, sem dúvidas, as cenas de violência, que marcam o estilo de filme slasher. Duas cenas se destacam, uma pela brutalidade e outra pela ironia. A primeira é a morte à marretadas, chega a tirar o fôlego do espectador. A segunda tem um toque cômico, quando jovens dizem que vão cancelar o Leatherface e são serrados e várias partes.

Os aspectos visuais mostram como não houve desejo em trazer de volta os ares de 74, é perceptível a modernidade dentro do filme e isso é bom, aproveitaram bem a passagem de tempo, tanto fora quanto dentro da tela. Felizmente pouca coisa se perde, mas é preciso estar com a mente aberta e não esperar o mesmo filme dos anos 70.

O grande peso negativo do filme é, também, uma das marcas das franquias de slasher, quando os jovens enfrentam o vilão de igual para igual. Não é um erro exclusivo do filme, mas que poderia ter sido evitado. Por ser um erro no final do filme, podemos ignorar, já que a tragetória té aqui é bem construída e o final é aberto para possibilidades futuras.

Sobre Dan Claudino

Professor de História, aspirante a podcaster e escritor. Viciado em cultura cyberpunk e jogos de ação.

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