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Crítica: One Piece – 1ª Temporada ★★★★★ (2023)

(Reprodução)

Desde a sua estreia em 1997, “One Piece”, criado por Eiichiro Oda, conquistou uma base de fãs massiva e se tornou um dos mangás mais vendidos de todos os tempos. Com uma trajetória tão icônica, a ideia de adaptá-lo para um formato live-action, especialmente após algumas tentativas malsucedidas de Hollywood em adaptar animes, parecia uma tarefa arriscada. No entanto, a Netflix, em parceria com a Tomorrow Studios, aceitou o desafio e, surpreendentemente, entregou uma obra-prima.

A série segue a jornada de Monkey D. Luffy (interpretado brilhantemente por Iñaki Godoy), um jovem com a habilidade de esticar seu corpo como borracha, em sua busca para se tornar o Rei dos Piratas. Embora eu não seja um expert no anime, tendo visto apenas alguns episódios, a trama me cativou imediatamente. A série abrange uma boa parte da história original, tornando-a acessível tanto para novatos quanto para fãs de longa data.

O roteiro, nas mãos de Matt Owens e Steven Maeda, faz um trabalho excepcional ao adaptar a essência de “One Piece” para o live-action. O envolvimento direto de Eiichiro Oda como produtor executivo certamente teve um impacto positivo, garantindo que a série permanecesse fiel à sua origem. A narrativa é bem estruturada, condensando eficazmente arcos de histórias extensos em episódios envolventes.

O elenco é, sem dúvida, um dos pontos altos. Iñaki Godoy, como Luffy, é a personificação perfeita do carismático protagonista. Sua química com Roronoa Zoro (Mackenyu), Nami (Emily Rudd), Usopp (Jacob Romero) e Sanji (Taz Skylar) é palpável, tornando cada interação entre eles memorável. A dinâmica de grupo é impecável, com momentos de humor e emoção equilibrados na medida certa.

Visualmente, a série é um espetáculo. A direção acerta em cheio nas escolhas de enquadramento, e a construção dos cenários é de tirar o fôlego. O uso de CGI, especialmente nas habilidades de borracha de Luffy, é sutil e bem executado, complementando a rica estética da série.

Ao refletir sobre adaptações live-action de animes, é impossível não mencionar “Cowboy Bebop”, outra produção da Netflix. Ambas as séries compartilham semelhanças em sua abordagem e técnicas, mas “One Piece” parece ter recebido uma recepção mais calorosa, talvez devido à sua vasta base de fãs. No entanto, é injusto desmerecer a excelência de “Cowboy Bebop”, que também é uma adaptação notável.

Em conclusão, “One Piece” na Netflix é um tesouro que vale a pena ser visto. Seja você um fã de longa data das aventuras de Luffy e sua tripulação ou alguém que nunca ouviu falar do pirata de borracha, esta série é imperdível. Uma verdadeira joia que brilha no vasto catálogo da Netflix.

A primeira temporada de One Piece está disponível na Netflix.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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