“Planeta dos Macacos: O Reinado”, dirigido por Wes Ball, é um marco que leva a icônica franquia a novos patamares de excelência. Situado 300 anos após a morte do lendário César, o filme nos transporta para um mundo onde os macacos se tornaram a espécie dominante, enquanto os humanos, reduzidos a uma existência nas sombras, lutam pela sobrevivência. A narrativa segue o jovem chimpanzé Noa, interpretado magistralmente por Owen Teague, em uma jornada angustiante para resgatar seus amigos e familiares de um regime opressor liderado pelo tirânico Proximus César.
O que mais impressiona em “O Reinado” é como suas 2h25 de duração passam em um piscar de olhos. Desde o prólogo, que conecta habilmente este novo capítulo com os eventos da trilogia anterior, até o empolgante clímax, o filme mantém o espectador preso na cadeira. O roteiro, co-escrito por Josh Friedman e Rick Jaffa, é uma obra-prima de construção narrativa, equilibrando ação e reflexão de maneira impecável. A profundidade dos temas abordados, como lealdade, identidade e a luta pelo poder, é tratada com uma sensibilidade rara em filmes de ação e aventura.
As atuações são outro ponto alto do filme. Owen Teague entrega uma performance comovente como Noa, infundindo o personagem com uma vulnerabilidade e determinação que tornam impossível não torcer por ele. Freya Allan, como a jovem humana Mae, também se destaca, trazendo complexidade e ambiguidade moral ao seu papel. Kevin Durand, como o vilão Proximus César, pode parecer um antagonista simples à primeira vista, mas ele consegue transmitir a ameaça necessária para manter a tensão elevada até o desfecho.
Visualmente, “Planeta dos Macacos: O Reinado” é um espetáculo de tirar o fôlego. Os efeitos especiais são de uma qualidade surpreendente, com uma atenção aos detalhes que faz com que cada macaco pareça incrivelmente real. A fotografia é igualmente impressionante, capturando a beleza devastada do mundo pós-apocalíptico em que a história se passa. A direção de Wes Ball é certeira, combinando uma visão artística ambiciosa com uma habilidade técnica refinada para criar um dos filmes mais envolventes e visualmente deslumbrantes da franquia.
Mas “O Reinado” vai além de ser apenas um filme visualmente bonito. Ele oferece uma reflexão profunda sobre a natureza humana e a posição dos humanos no mundo. O filme desafia a visão tradicional de que os humanos têm o direito natural de dominar a Terra, propondo uma narrativa onde os macacos, com sua própria sociedade complexa e evoluída, também reivindicam esse direito. Isso nos leva a questionar o que realmente nos define como humanos e como tratamos outras espécies e o meio ambiente.
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Em resumo, “Planeta dos Macacos: O Reinado” é um triunfo do cinema que merece ser visto. Com uma narrativa envolvente, atuações memoráveis e uma profundidade temática que ressoa muito além das cenas de ação, este filme, em minha humilde opinião, se consolida como o melhor da nova série. Não perca a oportunidade de assistir a esta obra-prima e se deixar envolver por sua poderosa história e visual deslumbrante.
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