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Crítica: Pluto ★★★★★ (2023)

(Reprodução)

A Netflix acaba de enriquecer seu catálogo com “Pluto”, uma série animada que redefine o padrão de excelência. Esta crítica não poupa elogios para o que pode ser considerado uma das melhores obras de animação disponíveis no streaming. Com uma narrativa envolvente e personagens meticulosamente esculpidos, “Pluto” captura nossa atenção desde o primeiro episódio.

Em um futuro onde robôs e humanos coexistem sob a sombra de um passado turbulento, uma série de assassinatos coloca em xeque a frágil paz pós-guerra. Um detetive da Europol, Gesicht, é encarregado de desvendar uma conspiração que ameaça tanto a vida artificial quanto a humana. A trama, inspirada na obra magistral de Naoki Urasawa e Osamu Tezuka, é um labirinto de suspense e emoção.

A série, produzida pela GENCO e com animação pelo Studio M2, é um testemunho da capacidade da Netflix de produzir conteúdo original e impactante. O envolvimento de Tezuka Productions, assegurando a fidelidade ao material fonte, é palpável em cada cena meticulosamente animada.

A narrativa de “Pluto” é um triunfo da ficção científica. Embora beba de fontes conhecidas, a série brilha na originalidade com que tece sua história. A tensão é palpável, e a interação entre humanos e robôs é explorada com uma profundidade que desafia o espectador a refletir sobre o futuro da inteligência artificial e seu impacto em nossa sociedade.

Os personagens são o coração da série. Gesicht, o protagonista, é um estudo de complexidade e humanidade. Atom, conhecido por muitos como Astro Boy, é a inteligência artificial suprema, cuja existência é central para o mistério que se desenrola. E Pluto, o antagonista que dá nome à série, é uma força que impulsiona a narrativa com uma presença que é ao mesmo tempo aterrorizante e profundamente emotiva.

A qualidade da animação é inegável. Cada quadro é uma pintura em movimento, onde as emoções dos personagens são tão tangíveis quanto os cenários futuristas que os cercam. A ação, embora não seja o foco principal, é executada com uma precisão que complementa a narrativa emocional.

“Pluto” é uma homenagem digna ao legado de Astro Boy e um marco na discussão sobre I.A. e ética. É uma série que promete não apenas entreter, mas também provocar reflexões profundas e muita emoção.

Em conclusão, “Pluto” é uma recomendação incondicional. Seja você um aficionado por anime ou um novato no gênero, a série é uma experiência imperdível. A Netflix, com este lançamento, não apenas adiciona uma joia à sua coroa, mas redefine o que esperamos de animações adultas. Dê o play e prepare-se para ser transportado para um mundo onde a linha entre homem e máquina é tão delicada quanto emocionante.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura geek. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Fã de ficção científica. Professor de História e fundador do GS.

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