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Crítica: Ragnarok – 3ª Temporada ★★★☆☆ (2023)

(Reprodução)

“Ragnarok”, a série norueguesa da Netflix, retorna para sua terceira e última temporada, encerrando a saga que começou em 2020. A série, que se passa na cidadezinha de Edda, na Noruega, sempre trouxe uma abordagem intrigante sobre mitologia nórdica e mudanças climáticas. Essa última temporada traz o aguardado confronto entre Deuses e Gigantes, entrentanto, talvez não da maneira que muitos esperavam.

A trama da terceira temporada continua a se desenrolar em Edda, onde os moradores enfrentam mudanças climáticas extremas. Muitos acreditam que um novo Ragnarok, o apocalipse segundo a mitologia nórdica, está cada vez mais próximo. O confronto final é cada vez mais antecipado pelos antigos deuses, que colocam na figura de Magne, o seu único salvador. A série faz um trabalho notável ao mesclar elementos da cultura nórdica com temáticas ambientais impactantes.

A história segue o adolescente Magne Seier, uma reencarnação de Thor, o Deus do Trovão, que continua em sua luta contra as empresas Jutul, a fim de impedir os impactos da empresa no planeta e de vingar a morte de sua amiga. Nesta terceira temporada, a série consegue encerrar bem os arcos e também incorporar de maneira eficiente os elementos do Ragnarok viking em sua narrativa. O desenvolvimento da trama é satisfatório, com momentos bem interessantes.

As atuações são, sem dúvida, um dos pontos altos da série. David Stakston, no papel do protagonista Magne, incorpora de vez o implacável deus do trovão, Thor, entregando uma performance memorável. Jonas Strand Gravli, como Laurits, e outros membros do elenco, como Herman Tømmeraas e Theresa Frostad Eggesbø, também brilham em seus respectivos papéis. Os personagens são bem desenvolvidos e seus arcos narrativos se encerram de forma satisfatória.

A direção dos episódios, sob o comando de Mogens Hagedorn, Jannik Johansen e Mads Kamp Thulstrup, continua impecável. As cenas capturam a beleza natural da Noruega, e as escolhas de cenário enriquecem a narrativa, tornando-a ainda mais imersiva. Para os espectadores que aguardavam aqueles momentos com ação intensa, podem acabar desanimando, mas mesmo assim, a maneira como os embates acontecem funcionam bem para a proposta da série.

No que diz respeito ao final da série, sem entrar em spoilers, o roteiro toma uma decisão “estranha” para encerrar a trama de Magne. Aqueles que esperavam um desfecho mais “chocante” podem se sentir um pouco decepcionados com a direção tomada, porém, aqueles que se abrirem para algo “diferente”, podem se deparar com um desfecho épico e emocionante.

Em conclusão, “Ragnarok” é uma série que vale a pena assistir. Com uma mistura única de mitologia, drama adolescente e questões ambientais, ela oferece uma visão envolvente do apocalipse nórdico. Recomendo fortemente para aqueles que buscam uma série com profundidade, atuações fortes e uma abordagem única sobre temas antigos e contemporâneos.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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