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Crítica: Resistência ★★★☆☆ (2023)

(Reprodução)

Gareth Edwards retorna à direção com “Resistência”, marcando seu regresso grandioso após seu trabalho em “Rougue One”, um spin-off de Star Wars. Este novo filme é uma exploração intimista em um mundo palco de um confronto devastador entre Inteligência Artificial e humanidade, embora a trama pareça um pouco desarticulada. Edwards, conhecido por sua capacidade de criar universos visuais ricos, como vimos em “Rougue One” e “Godzilla”, apresenta aqui um espetáculo visual, mas parece tropeçar na narrativa coesa que deveria unir todo o filme​.

“Resistência” é descrito como um drama de ficção científica que se desdobra em um futuro distante, onde a guerra entre humanos e IA tomou conta do planeta. O enredo segue Joshua (interpretado por John David Washington), um ex-agente recrutado para localizar e eliminar o “Criador” – um arquiteto misterioso por trás de uma arma capaz de acabar com a guerra e, possivelmente, com toda a humanidade. No entanto, uma reviravolta chocante ocorre quando a equipe de Joshua descobre que a suposta arma é uma IA em forma de criança​.

A história, embora cativante em sua premissa, falha em entregar uma narrativa bem elaborada. Há momentos em que o filme parece ser uma montagem de cenas distintas unidas para dar uma ilusão de continuidade, ao invés de um enredo bem tecido. A temática intrigante de humanos interagindo com IA poderia ter sido explorada de maneira mais profunda com um roteiro mais bem elaborado.

No que diz respeito às atuações, John David Washington lidera o elenco, mas seu personagem parece forçado em sua motivação, mesmo com o amor servindo como catalisador para suas ações. Em contraste, a performance da IA infantil é louvável e se destaca no filme. O elenco também inclui Gemma Chan, Ken Watanabe, Allison Janney, entre outros, mas alguns personagens parecem vazios e sem um propósito claro na história​.

Visualmente, “Resistência” é nada menos que espetacular. A grandiosidade do mundo apresentado, junto com a atenção meticulosa aos detalhes na ambientação dos cenários, fazem do filme uma experiência visualmente rica. As cenas de ação são bem executadas e a convivência entre humanos e máquinas é retratada de maneira incrível. A estética do filme, definitivamente, é um dos seus pontos fortes, mostrando um mundo onde a harmonia entre humanos e robôs foi quebrada por um evento catastrófico, resultando em uma guerra em larga escala​.

Edwards explora temas de amor e convivência entre humanos e IA de uma maneira que nos faz refletir sobre o futuro da sociedade humana. Ele apresenta uma visão intrigante de um mundo onde as relações entre humanos e máquinas podem levar a consequências tanto positivas quanto catastróficas.

Concluindo, “Resistência” é uma recomendação moderada, especialmente para os entusiastas de ficção científica. Apesar da falta de uma narrativa forte, os elementos visuais e a temática central são suficientemente envolventes para manter a atenção do público.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

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