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Crítica: Shingeki no Kyojin – Temporada Final Parte 2 ★★★★★ (2022)

Terminou no último domingo, dia 03 de abril de 2022, a segunda parte da Última Temporada de Attack on Titan. E o que podemos falar sobre isso? Apenas que os fãs receberam mais uma temporada espetacular, de tirar o fôlego.
O meu primeiro destaque vai para a trilha sonora de abertura e das cenas escolhidas pelo Estúdio. A música The Rumbling, da banda japonesa SIM, foi perfeita para expressar os sentimentos que a temporada quer passar, isso não só pela letra, mas também pela vibe da situação. No fim, Eren queria ou não segurar a faca? Queria ser o Rei? Só a próxima parte explicará todas essas perguntas. Porém, voltando ao assunto, achei que essa é uma das aberturas mais marcantes da história dos animes, realmente conseguindo o feito de superar o My War, da temporada passada.

(reprodução)

Feita essa consideração inicial, o que eu posso dizer é que tivemos mais uma temporada em um alto nível, mesmo com a CGI dos titãs ainda incomodando um pouco. Digo isso porque a primeira parte da temporada final já foi de qualidade extremamente alta, conquistando diversos prêmios de Anime do Ano. Mas, mesmo assim, essa segunda parte conseguiu manter o nível de animação e de tom da história, evidenciando todo o drama que a história quer passar.
Essa parte se inicia com Marley atacando a Ilha Paradis, com o embate entre o Eren e Reiner. As lutas entre os titãs e os exércitos foram realizadas de forma muito boa, com destruição, com uma trilha sonora que passa o desespero das situações, com o destaque da humanização dos personagens, que começam a entender que o conflito ali é desnecessário e o que falta é diálogo entre todos.
Após o conflito entre as partes, temos talvez o ponto mais alto da temporada, que é o início do Estrondo, com a exposição do real poder do Shingeki no Kyojin e como Eren pretende usar o poder do Titãn Fundador. Essa sequência de episódios, com o flashback de Grisha Yeager e de Eren é algo que me faltam palavras para conseguir expressar adequadamente, porque o mix de sentimentos foi feito de maneira perfeita. Outro destaque aqui fica por conta da expressão facial dos personagens. Nós, espectadores, conseguimos sentir o desespero dos Marleanos e dos Eldianos com a grande revelação da temporada. Fica a nota aqui também de que conseguiram criar um tema tão bom quanto Ashes To Fire (música tema da temporada passada). Com a composição de Kohta Yamamoto, a música Footsteps of Doom, conseguiu expressar muito bem o plano de Eren.

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Além dessa memorável sequência de episódios, é válido ressaltar que a forma como a temporada é conduzida, a sucessão de e ventos, a trilha sonora, a expressão dos personagens, também foi muito bem executada. O objetivo dessa segunda parte da temporada final é mostrar a motivação dos personagens e de humanizar alguns antagonistas da história. Isso também aconteceu na parte anterior a essa, em especial com o personagem de Reiner. Na parte atual, o destaque ficou para Gabi e para Margaret, oficial do exército Marleano. São apresentadas as duas versões do milenar conflito entre Marley e Eldia: a do povo que paga pelos pecados de seus antepassados e do povo que se recusa a tentar compreender o que poderia ser feito de diferente além da opressão. É da ausência de diálogo e desse ódio que o objetivo do Rugido da Terra é revelado.

Com relação aos demais personagens, há cenas marcantes relacionadas em especial a Connie e a Jean. Os dois personagens protagonizam cenas dramáticas que fazem os protagonistas escolherem entre o bem estar próprio, ou seja, a seus desejos pessoais, e o bem comum, na busca de uma realidade melhor para o mundo todo. Isso é interessante pois mostra um aprofundamento em personagens que fogem ao eixo principal, composto por Eren, Mikasa e Armin.

Nesse sentido, também é válido ressaltar que a forma como a história de Ymir foi contada também tirou o fôlego dos espectadores, com uma ótima direção de imagem e de som, mostrando todo o horror vivido pela Mãe de todos os Eldianos.
Por fim, outro destaque vai para a cena em que os dissidentes de Eldia estão tentando chegar a um barco para alcançar Eren. A sequência de cenas foi muito bem executada, com uma apresentação épica do novo Titã Mandíbula. Isso se equipara à mitada de Mikasa contra a Facção Yeager.

 

(reprodução)

Assim, por mais que esperemos uma ação desenfreada em Attack on Titan, é preciso valorizar como a questão dos diálogos e construção da história é construída, situação essa que é responsável por manter o anime no topo dos lançamentos e do carinho dos fãs. Por isso, mais uma vez recebemos uma ótima temporada, cheia daquilo que realmente gostamos.
Dessa forma, o que nos foi apresentado foi mais uma excelente temporada de Shingeki no Kyojin, com solução de alguns mistérios que ainda existiam na trama e preparando terreno para a terceira parte do anime, que apresentará as consequências das decisões de Eren e será exibida em 2023.

 

https://www.youtube.com/watch?v=cvTipU9gN5g

Sobre Felipe Costa

Aspirante a Power Ranger Vermelho, jogador de Fate Grand Order e Advogado, quando a responsabilidade bate. Também participo do podcast Apenas um Papo

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