Página Inicial / Críticas / Crítica: Spiderhead ★★★★☆ (2022)

Crítica: Spiderhead ★★★★☆ (2022)

(Reprodução)

Em um futuro próximo, onde condenados podem se voluntariar para realizar experimentos científicos a fim de reduzir sua pena, um indivíduo que está testando uma nova droga capaz de gerar sentimentos começa a questionar a verdadeira realidade por trás desses experimentos. Essa é a trama de Spiderhead, o novo longa de ficção científica da Netflix.

O conceito que o filme trabalha é bem intrigante, ao mesmo tempo que polêmico. O longa consegue desenvolver a história de forma muito consistente, conseguindo nos envolver e nos fazer questionar sobre aquilo que estamos vendo e até que ponto isso poderia vir a se tornar uma realidade.

Na história do filme, acompanhamos o cientista Steve Abnesti, que está desenvolvendo uma nova droga capaz de alterar os sentimentos das pessoas, usando como cobaias condenados a prisão por crimes diversos. Os experimentos são realizados em uma ilha distante, provavelmente para evitar que seja revelado o que acontece naquele lugar. As cobaias são submetidas a testes de drogas que manipulam os seus sentimentos, desde fazer a pessoa ficar mais comunicativa até sentir algum tipo de fobia ou medo exagerado de algo. Mas tudo começa a ficar sinistro quando Steve decide seguir com alguns testes mais sombrios, o que torna a situação bem complicada.

O desenvolvimento da trama tem um ritmo muito satisfatório, conseguindo prender nossa atenção com o que está rolando na tela até o fim. O conceito central é bem conduzido, nos apresentando uma realidade complexa e um pouco inusitada. O debate que o filme nos coloca é intrigante e vale a pena ser questionado.

As atuações do filme cumprem bem o seu papel, com personagens carimáticos, embora a trama se feche em um círculo bem pequeno de interações. Steve Abnest é vivido por Chris Hemsworth, que mandou muito bem na sua performance, passando uma impressão bem envolvente de um cientista maluco, capaz de tudo para chegar ao resultado que almeja. Miles Teller interpreta Jeff, a cobaia que possui um passado sombrio devido ao crime que cometeu, é o personagem que começa a questionar o que está acontecendo naquele local e nos ajuda a revelar a verdade por trás dos experimentos.

O filme possui bons momentos de suspense, e até mesmo um pouco de ação (por mais estranho que pareça), mas é na ficção científica que ele se consolida, apresentando uma proposta interessante e a desenvolvendo de maneira certeira. Há outros filmes com uma premissa parecida, mas Spiderhead acerta pela polêmica que desenvolve, um tipo de questionamento que condiz com a realidade que vivemos. A direção de Joseph Kosinski faz toda diferença na forma como o longa se densenvolve, criando um bom clima de mistério que vai aos poucos se revelando para nós.

Spiderhead é um boa surpresa no catálogo da Netflix, principalmente para os fãs de um sci fi com tema misterioso e cheio de questionamentos éticos sobre a realidade. A história tem um bom desenvolvimento, sabendo conduzir bem os elementos da trama. As atuações são boas o suficiente para manter nossa atenção nos personagens e naquilo que farão para descobrir o que se passa ali. Kosinski consegue entregar um bom resultado final no longa, acertando na forma de conduzir as cenas e os mistérios do filme. Uma boa pedida para o fim de semana.

Spiderhead está disponível no catálogo da Netflix.

Sobre Carlos Valim

Apaixonado por cultura pop. Aprendendo a escrever críticas menos emocionadas. Professor de História e fundador do GS.

Você pode Gostar de:

Crítica | Com “Rebel Moon 2”, Snyder esboça um futuro promissor

“Rebel Moon Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes” é uma exploração mais profunda do universo …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *