The Idol, a nova série da HBO Max que se propõe a explorar o universo da música e do estrelato, tropeça em sua execução e deixa a audiência se perguntando o que poderia ter sido.
A trama é bagunçada, em muitos momentos nos perguntamos se estamos perante um drama intrigante ou apenas uma exposição caótica de eventos desprovidos de contexto. O roteiro sofre de uma falta significativa de objetividade, com a história se desenrolando de maneira corrida e confusa, o que nos leva a questionar a direção e a visão original do projeto.
O desfecho apressado é um dos principais pontos fracos de The Idol. A sensação é de que houve uma corrida para o final, pulando diversos momentos potencialmente significativos e negligenciando um aprofundamento nos temas que pareciam necessários. A oportunidade de explorar os complexos aspectos do mundo da música e o preço da fama é, de alguma forma, deixada de lado em favor de um final prematuro e superficial.
A performance de Lilly Rose Deep, no entanto, dá um certo ar fresco na série. Sua atuação é cativante, trazendo profundidade e nuance a uma personagem que poderia ter se perdido no caos da trama, e isso quase aconteceu. Por outro lado, a performance de The Weeknd deixa muito a desejar. Parece que ele não conseguiu encontrar o tom certo para o seu personagem, e em muitos momentos, sua atuação parece deslocada em relação ao resto do elenco.
A série sofre ainda mais ao ser comparada com a outra produção de sucesso do diretor Sam Levinson, Euphoria. Onde Euphoria brilha em sua complexidade e personagens ricamente elaborados, The Idol parece opaca e subdesenvolvida.
Em suma, The Idol é uma série que promete muito e entrega pouco. Apesar de seus defeitos, a atuação de Lilly Rose Deep e os momentos ocasionais de brilho na trama podem valer a pena para os espectadores mais pacientes. Porém, fica a ressalva de que a experiência pode ser menos do que satisfatória para aqueles que procuram um retrato mais coerente e aprofundado do mundo da música e do estrelato.