Aqui estamos nós outra vez para falar se vale a pena ou não comprar algum jogo já lançado há algum tempo, desta vez falaremos sobre Mafia 3, lançado em 2016 pela 2k Games. Respondendo rapidamente, sim vale a pena, mas com ressalvas, que você verá abaixo.
Os jogos da franquia Mafia são incríveis, suas histórias são independentes, mas interligadas, isso garante total satisfação para quem começar pelo 2° ou pelo 3° game, sem criar a sensação de estar perdendo algo na história. O terceiro game se passa no final dos anos 60, uma época pouco explorada nas obras que abordam o tema máfia, ainda mais com um protagonista negro.
Assim como os dois primeiros games a história segue uma ascensão narrativa fantástica, cada trecho da aventura é de tirar o fôlego e de satisfação (do tipo “que bom que matei esse cara”), mas aqui já temos a primeira ressalva: se a narrativa e o enredo são graciosos, a gameplay peca na repetitividade. A 2k mirou em GTA V e acertou o pior da Ubisoft em mapas abertos: a repetitividade da jogatina em destruir coisas e tomar lugares. Diferente dos dois primeiros games, o jogo tem mapa aberto e para atingir o pico narrativo da missão é necessário liberar áreas acabando com o esquema do “general” da área, isso é bom e ruim ao mesmo tempo. Bom devido a gameplay que é intuitiva e desafiadora, mas é ruim pela repetição.
Por ser um jogo com uma narrativa forte, a trava que a gameplay tem coopera para as notas ruins, outro fator são os gráficos que desagradam por falta de sincronia labial e pixels estranhos (isso já foi corrigido na versão Definitive). Esse são os pontos mais fracos do jogo, que são compensados pela excelente história e o final de tirar o fôlego.
Mesmo sendo um péssimo mundo aberto, Mafia 3 é um bom jogo, a dirigibilidade e a gameplay de ação são bem responsivas, raramente você se embanana tentando entrar em cover ou fugindo da polícia. As armas tem um recuo agressivo, que passam a sensação de realidade, os inimigos não são “postes” que esperam ser baleados, eles flanqueiam e atiram granadas ou coquetéis molotovs, as missões narrativas (as principais do jogo) são excepcionais, principalmente a da KKK e a do Jantar.
Da parte técnica, os gráficos são bons durante a jogatina, os efeitos de luz são bonitos e a paisagem do game é agradável, as músicas são fantásticas, com o puro Rock dos anos 60, como Rolling Stones, Creedence e The Animals, por exemplo. Há ainda o recurso de customização dos veículos, transformando muscle cars e carros ainda mais irados e aprimoramento do personagem Lincoln Clay.
O jogo oferece 3 finais diferentes, que dependem de como é jogado o game e da escolha final, mas apenas um final depende da jogatina. O jogo é narrado como um documentário e as cenas que envolvem o personagem John Donovan beiram a realidade em vários aspectos, seja no que ele fala ou no CGI que estão incríveis (talvez por não serem tão próximas ao seu rosto).
O jogo conta com 3 DLCs que valem a pena, principalmente a com o Donovan, que envolve Cuba e Guerra Fria, estas DLCs vem com a versão Definitive Edition. Por fazer parte da trilogia, o jogo sempre está em promoção na store da Microsoft, recomendo comprar a versão com os 3 jogos, mas só é possível encontrá-la em mídia digital. E se você prefere a versão em mídia física, você pode comprar aqui (PS4/5) ou por aqui (Xbox Series/One).